Capítulo 23

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Sina Deinert

Eu devo estar a uns trinta segundos só olhando o final daquela escada, escada a qual a ruiva passou com sua voz extremamente irritante.

Eu não sei o que é pior, o Noah ser noivo dessa mulher, ou ele ter traído ela comigo... cachorro.

Esse puto vem me provocando e não é de hoje, sério que esse tempo todo era comprometido e nunca me disse nada?

- Como que eles são noivos? - pergunto olhando as meninas.

- Estranho não é? - disse Jojo rindo. - Mas é tudo por território, a bonita aí é da Argentina. - mordi o lábio inferior.

- Ela não deveria estar aqui. - olhei Sabina. - Noah havia mandando ela para umas férias em Milão. - arregalei os olhos.

Milão?

Olhei o final daquela escada e por algum motivo algo percorreu meu corpo.

- Está tudo bem? - senti alguém tocar meu ombro e me assustei. - Está arrepiada. - olhei meu braço e realmente estava.

- Não é nada, é só que meus pais eram de lá. - forcei um sorriso.

Alguns minutos depois escutamos a voz estridente voltar. No fim da escada lá estava Noah, com seu rosto coberto de raiva e sua esposa agarrada em seu braço. Deus, como eu sou burra.

O moreno me olhou e eu ignorei isso indo até a cozinha. Será que ele sabia que ela chegava hoje? Por isso disse do beijo de despedida?

Balancei minha cabeça e peguei um copo de água.

- Sina. - olhei Sabina que entrou na cozinha. - Eles vão dar um comunicado. - assenti.

Por que eu estou me sentindo mal? Isso não significou nada, nem pra mim e nem para ele. Você só foi uma diversão Maria, uma ingênua diversão.

Suspirei frustrada e segui até a sala. Todos estavam em pé, mas eu que não sou besta me joguei no sofá e fiquei mexendo no meu celular.

Só faltava o Josh, e assim que ele chegou todos me olharam sentada. Eu apenas dei de ombros e cruzei as pernas esperando o tal comunicado.

Nesse pequeno tempo meu olhar encontrava com o do moreno, mas eu tratava de ignorar isso, se ele chegar perto de mim sou capaz de meter um murro bem dado nele.

- Nossa, senti saudade de vocês. - fechei os olhos após a fala da mulher.

Será que ela engoliu um apito?

- É Clary, devemos dizer que foram alguns meses. - disse Diarra sorrindo. Essa mulher sabe manter a plenitude porque olha...

- Florzinha, pode se levantar? - encarei ela que sorria e notei que falava comigo.

- Não. - digo simples. - Estou cansada. - sorri e ela arruma o cabelo atrás da orelha.

- Bem, o que eu queria avisar vocês é. - fingi limpar o ouvido. - Daqui duas semanas teremos um baile de inauguração no novo cassino do meu papai.

- Deus, alguém cala a boca dessa mulher. - resmungo mas acho que alguns ouviram, visto que deram risada.

- Cassino? - disse Any com uma voz de tédio. Ao menos eu vou ter com quem falar mal dessa mulher.

- Sim pequena fada. - dei risada e bati de leve em minha coxa.

- "Pequena fada". - repito rindo e depois me toco que todos estão me olhando. - Com licença, preciso buscar minha avó no karatê. - digo ainda rindo.

Me levantei de onde estava e saí andando pela casa. Pequena fada, que mulher ridícula meu Deus!

Segui até a cozinha e fui preparar alguma coisa para eu comer. Fiz um coque no cabelo e peguei um frango na geladeira.

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