Sina Deinert
Um na cabeça, dois na cabeça, três na cabeça e assim se repetiu os vinte tiros que dei, dando uma pausa apenas para carregar a arma.
Mais dois dias se passaram, dois dias em que coloquei na minha cabeça que quanto mais rápido eu retomar minha vida, melhor será.
Nesses momentos sozinha, eu apenas pensava em um jeito de contar tudo para eles, parecia fácil, mas era tão difícil.
Já passava das 23h, cansada eu apenas arrumei as coisas e segui até a sala de lazer da casa.
Estava tudo escuro, então apenas peguei o que queria e segui para cozinha.
Peguei um copo nos armários, joguei aquele líquido dentro e virei de uma vez sem nem ao menos fazer uma careta. Nem o whisky me afeta mais.
Enchi um, dois, três, sete copos e virei de uma vez. Na minha cabeça, entrar bêbada no quarto de Noah e jogar a bomba parece uma boa. É bom que se ele me matar eu não sentirei dor, talvez eu estarei tonta demais para processar algo.
Com apenas uma garrafa na mão, eu me sentei no chão da cozinha e virava de uma vez. Algumas palavras em italiano saíam da minha boca, mas nem isso eu conseguia processar.
Ao fechar minha boca, ouvi passos. Antes mesmo que eu pudesse fugir, a luz da cozinha se acendeu e eu fechei os olhos incomodada.
— Pelo amor de Deus, apaga isso. — digo com a voz totalmente arrastada.
— Maria, o que está fazendo? — eu poderia beber uma piscina de whisky, acho que nada me deixaria tão bêbada a ponto de não reconhecer a voz daquele moreno de olhos verdes.
— Dançando valsa. — digo rindo e sinto a garrafa ser tirada da minha mão. — Ei.
— Não quero ouvir um piu. — senti suas mãos em volta do meu corpo e logo depois seu corpo quente, o que me fez deduzir que estava sem camisa. — São três horas da manhã e você está bebendo. — dei risada.
— Eu só queria curtir. — digo e sinto ele subir as escadas. — Acredita que não errei um tiro hoje? Todos na cabeça. — imitei sons de tiros e acho que cuspi um pouco nele.
— Você está estranha demais. — ouvi uma porta abrir. — Não pediu batata, não comeu besteira, acordou até mais cedo para treinar, antes mesmo da Savannah. — senti meu corpo ser deixado em algo macio.
— Eu só quero aceitar o meu destino. — me deitei na cama vendo tudo girar. — Nem que seja estar junto dos meus pais.
— Você precisa de um banho gelado. — ele me pegou no colo após tirar meus sapatos.
— Não. — digo vendo ele entrar no banheiro. — Eu preciso te falar a verdade… — senti meus pés firmarem no chão.
— Que verdade? — tentei olhar ele, mas parece que estou em um roda-roda. — Maria. — segurou meu rosto. — O que eu tenho que saber?
— Meus pais. — dei risada. — Eles não eram membros da máfia italiana. — ri novamente.
— Como é? — sua mão me soltou.
— Eles eram… — antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, senti algo querer sair de dentro de mim e coloquei a mão na boca.
Tudo o que me lembro é de Noah segurando meu cabelo e me xingando muito por isso.
...
Despertei com a forte luz que entrava pela janela do quarto e gemi cobrindo meu rosto quando a dor de cabeça se fez presente, aí merda.
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The Máfia•Noart•
Action𝑵𝒐𝒂𝒓𝒕 𝑨𝒅𝒂𝒑𝒕𝒂𝒕𝒊𝒐𝒏|Ela é uma garota inteligente,mas chegar a esse efeito não foi nem um pouco fácil. 20 anos e vivendo totalmente isolada no subúrbio de LA,viver sem o luxo é uma escolha sua,visto que a mesma se diverte roubando pessoa...