Capítulo 34

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Sina Deinert

Terminei de arrumar as coisas na minha mochila e fechei ela. Coloquei a pistola em minha cintura e joguei a mochila em minhas costas.

Saio do apartamento e desço deixando as chaves na recepção. Na porta, Arthur e Mike já estavam à minha espera, respirei fundo e entrei no carro.

A gente conversou mais um pouco ontem, e eu disse que ia passar ao menos essa última noite ali. Como combinado, às 9h da manhã os dois vieram me buscar e estávamos a caminho da mansão.

Arthur está comigo, pois ele está sendo um ótimo conselheiro, Mike é porque nasceu grudado com ele… brincadeira.

Mike é como o braço direito de Arthur, então estão sempre se ajudando também. Fora que os dois juntos conhecem muitas pessoas envolvida nesse meio, como eu já disse a eles, preciso de pessoas ao meu lado.

Não sei, sinto que posso confiar neles e espero não me arrepender, afinal, estou mostrando a localização da mansão para os dois, certeza que Noah vai querer me matar por isso inclusive.

...

Após alguns longos minutos o carro parou e eu retirei meu cinto. Desci do carro e Mike pegou minha mochila seguindo atrás.

Alguns dos seguranças me olharam e eu apenas sorri debochada acenando.

Abri a porta principal e olhei em volta.

— Uou. — olhei Mike que via tudo admirado. — O que o dinheiro não compra não é? — soltei uma risada.

Segui até a cozinha e parei na porta ao ver algumas das meninas tomando café.

— Isso é hora de tomar café? — digo na porta e todas me olham ao mesmo tempo.

— Sina? — disseram juntas e eu ri.

— Em carne e osso. — suspirei.

Algumas meninas se olharam e eu já sabia o que vinha.

— Acho que te devemos desculpas. — disse Sabina me fazendo cruzar os braços.

— Acham? — arqueio uma sobrancelha.

— A gente está arrependido, ok? — disse Heyoon. — Mas poxa, se coloca no nosso lugar, aquela mulher passou meses próxima. — revirei os olhos.

— Tanto faz, cadê o chefe de vocês? — pergunto entediada.

— Ele tinha uns assuntos para resolver. — disse Any. — Vou ligar para ele avisar que está aqui.

— Vai perdoar a gente? — encarei Hina.

— Vamos deixar isso como está, tudo bem? — suspirei. — Tenho que conversar sério com o chefe de vocês, depois conversamos com calma. — assentiram meio receosas.

— E eles são? — perguntou Sofya apontando para trás de mim.

— Arthur. — disse ele levantando a mão suavemente.

— E eu sou o Mike. — disse ele sorridente e eu revirei os olhos.

— Chefe, oi. — encarei Any que estava no celular. — Vai demorar? — ficou em silêncio. — Não, não me deve satisfação. — abaixou a voz e eu revirei os olhos me aproximando.

Pedi o celular e ela logo me entregou.

— Aprenda a tratar seus funcionários direito ou eu mesma irei te pôr na linha. — digo irritada e as meninas levam a mão na boca.

Sina? — ouvi sua voz confusa.

— Não, papai Noel, quer presente de natal? — digo debochada e as meninas dão risada. — Onde você está? Vai demorar? — digo impaciente.

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