Capítulo 29

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Sina Deinert

"Consegue nos provar que não foi você?Minha mãe dizia agachada na minha frente,mas tudo o que eu conseguia fazer era chorar."

"Sina olha pra gente.Meu pai segurou meu rosto.Chorar não vai te inocentar.Passei a mão no rosto."

"Não tem como.Digo e soluço.As câmeras foram mexidas.Abaixei a cabeça.  Mas eu juro que não fui eu,ela se jogou."

"E a gente acredita.Olhei minha mãe.Mas não tem como a gente te defender sempre,terá que provar que não foi você."

"Se não tem provas,crie as suas.Sorriu."

Passei a mão no rosto limpando a lágrima que caiu e voltei a mexer no gravador.

Dois dias se passaram desde aquela briga toda, Clary exigiu minha expulsão da mansão mas ao que parece ninguém nem comentou. Do que adianta não concordarem com ela e não acreditarem em mim?

Isso nem ao menos vale a pena, quero provar minha inocência por questão de honra.

Foram dois dias saindo somente de madrugada do quarto, ao que parece o sistema da câmera está passando por restauração. Ainda vieram me questionar se não tinha sido realmente eu, na boa? Queria que todo mundo se desse mal na mão dessa mulher, mas meu orgulho fala mais alto.

Adicionei o botão com cuidado e sorri ao ver meu novo brinquedo pronto. Se quer uma coisa bem feita, faça você mesma.

Olhei para fora e já anoitecia novamente.

Ontem eu só conversei com Alex e pedi para me deixar em qualquer lugar. O mesmo não perguntou nada e disse que não ia falar com Noah, coisa que também pedi. Mesmo sabendo que vai levar xingo ele disse que fazia.

Terminei de arrumar minha mochila e fiz questão de levar até os presentes, vou vender isso e comprar chips de batata com o dinheiro, que se foda também.

Estou fazendo isso, mas não deixo de ter medo, não queria morrer, embora brinque bastante. Mas é aquilo, ou ela ou eu, e como sei que ninguém aqui confia em mim, nem me dou ao luxo de deixarem decidir algo.

Coloquei minha mochila nas costas e peguei meu projeto deixando no bolso já ligado.

Sai do quarto e virei o corredor logo vendo quem eu queria. A mulher me viu e eu fingi estar fugindo me trancando em uma sala.

— Olha só, de malas prontas. — disse sorridente fechando a porta.

— Me deixa em paz, já conseguiu o que queria. — tentei passar mas ela me impediu. — Não encosta em mim. — digo irritada tirando meu braço.

— Isso poderia ter sido evitado, mas você inventou de mexer com o que estava quieto. — forcei uma risada.

— Você é mais louca do que pensei, teve coragem de se cortar, se queimar, se atirou de uma escada. — ela deu risada.

— Seria capaz de me dar um tiro pra me livrar de alguém. — se aproximou. — Some desta casa e não ouse nunca mais chegar perto do meu noivo. — sorri de canto.

— Sumo sim. — joguei meu cabelo para trás. — Mas antes. — dei um forte tapa em sua cara. — Vadia, isso que você é!

— Filha da puta! — tentou me bater mas desviei e acertei um golpe em sua barriga. — Me bate mesmo, é só mais motivo para eu te matar depois. — sorri.

— Vamos ver quem morre primeiro. — dei um soco em sua cara e ela caiu no chão. — Isso é por me irritar com essa sua voz. — chutei sua barriga. — E isso, é por xingar minha querida mãezinha. — meti outro chute. — Quer me transformar na vilã da história? Pois bem, serei a vilã!

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