Capítulo 38

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Sina Deinert

Minha cabeça está tão aflita que até me esqueci do que ocorreu a pouco… esse homem vai me enlouquecer.

Agradeci aos céus por Noah não me perguntar o que estava acontecendo ou onde eu iria, provavelmente me impediria de fazer o que estou indo fazer agora.

Lorenzo Gianni, o antigo braço direito do meu pai. Nunca acreditei no fato dele ter o traído, e isso eu duvido até hoje. Lorenzo era um cara de palavra, fora que meu pai e ele cresceram juntos.

Conversei com Arthur sobre ele, porque ele chegou a me questionar sobre alguém na parte de dentro, isso poderia nos ajudar. Eu não sabia se Lorenzo estava vivo, poderia ter sido morto junto com a família, e agora essa bomba chega em minhas mãos. É arriscado, eu sei, mas tentar não custa nada.

Já estávamos quase chegando no bar, que seria o ponto de encontro. Além de ser um local afastado, era seguro pra mim.

Arthur parou o carro e eu desci arrumando a pistola em minha cintura. Caminhei até a parte de dentro do bar e cumprimentei todos com um aceno rápido de mão.

Pedi uma bebida no bar e me virei olhando em volta.

— Tem certeza que vai esconder isso do Urrea? — encarei Arthur. — Vão assinar uma aliança.

— Eu quero fazer algo sozinha. — digo e pego a garrafa de cerveja. — Vou contar, mais tarde. — se Deus quiser.

Alguns minutos depois a porta se abriu. Parei de beber no mesmo instante que vi aquela figura entrando no bar.

Seu olhar se encontrou com o meu e eu me levantei de onde estava.

— Meu Deus, é você mesma. — disse em italiano parecendo atordoado. — Realmente está muito diferente. — sorri fraco.

— Pensei que tinha morrido. — digo também em italiano e ele se aproxima mais.

— Foi por pouco. — disse cumprimentando Arthur com um aperto de mão. — Mas consegui salvar meu pescoço. — me olhou. — Precisava ver com meus próprios olhos para acreditar… mas meu Deus. — encolhi os ombros.

— Não fala inglês? — pergunto e ele ri.

— Pouco. — assenti. — Precisamos ser rápidos, do que precisam? — disse e eu apontei para uma mesa.

— Da atual situação do Henrique. — digo pegando minha garrafa de cerveja e nos sentamos.

— Louco. — disse sério. — Ele está com todos atrás de você, demorei até entender o que realmente estava acontecendo, mas quando a sua notícia explodiu... — assenti. — Está querendo descobrir quem está te encobrindo também. — arqueio uma sobrancelha.

— Pensei que já tinha descoberto. — digo e ele nega. — Que incompetente. — rimos.

— Não sei quando planeja fazer isso, mas por favor, tenha cuidado. — assenti. — Não posso te passar exatamente tudo, pois ele pode acabar desconfiando, mas no que eu puder ajudar.

— Obrigada, de verdade. — sorri. — Vou fazer isso por eles, aquilo voltará a pertencer aos Soares. — ele sorriu.

— Espero viver para estar ao seu lado. — rimos.

Meu celular começou a tocar e eu vi o número desconhecido aparecer na tela. Atendi e levei o celular no ouvido.

— Alô? — digo olhando Arthur.

Onde você está? — reconheci a voz de Noah e olhei em volta.

— No bar do norte. — escutei o barulho de um carro ligar.

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