Capítulo 33

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Sina Deinert


Dia seguinte, já de noite e novamente no bar bebendo com esses doidos, até que esses caras são legais.

Não sei como ficou a situação dos outros, nem como foi o final de tudo, Mike havia saído para colher informações. Fora isso, Arthur disse ter visto três pessoas suspeitas rondando o bairro, isso já me deixou preocupada pois podem estar atrás de mim.

O lado bom é que aqui é zona de gangue, ou seja, nada e nem ninguém entra sem saberem quem é, ainda mais se parecerem suspeitos, pelo visto me deixaram por ser mulher… Já disse que pode mudar essa regra, tem mulher que lida com máfia doida pela minha cabeça também.

Ao menos agora me sinto mais leve, preocupada, mas leve. Essa notícia talvez se espalhe bem mais rápido do que o previsto, se Henrique queria manter segredo para me matar, quebrou a cara.

Levei o copo de whisky na minha boca e ouvi a porta atrás abrir. Não demorou muito e Mike apareceu ao lado.

— E aí? — pergunto pegando minhas batatas.

— Tudo certo, não tem imagem sua, o moreno lá parece ter fugido mesmo e nenhum dos funcionários dele se deu mal. — assenti.

— Aliás Sina. — me virei para o outro lado após Arthur me chamar. — Sobre o dinheiro.

— Ah. — mordi minha batata. — Essa semana te entrego, 4 milhões? — assentiu. — Beleza. — digo pedindo mais uma rodada.

Voltei a comer até ouvir o celular dele tocar.

— Como é? — me virei vendo Arthur dizer algo incrédulo. — O que esse cara tem na cabeça? — levei meu copo de whisky na boca e ignorei sua conversa no celular.

Preciso pensar agora em como me resolver, não faço a mínima ideia de como conseguir o dinheiro deles, certo, posso desviar, mas com que computador? Meus programas ainda ficaram com Noah, merda!

— Chefe. — olhei Arthur. — Beauchamp está aqui. — disse hesitante e eu arregalei os olhos. Segundos depois a porta atrás voltou a se abrir e logo vi todos sacando suas armas.

Revirei os olhos e fiquei circulando a boca do copo com o dedo.

— Abaixem as armas, cavalheiros. — digo séria sem olhar para trás.

Peguei o copo virando de uma vez e rodei no banco apoiando meus cotovelos no balcão atrás.

Noah tinha as mãos levantadas e logo todos abaixaram suas armas. Peguei meu saco de batata novamente e vi ele caminhar lentamente até mim.

— O que faz aqui? — pergunto e ele para na minha frente.

— O que você acha? — disse colocando as mãos no bolso da calça. Todos levantaram as armas novamente e eu suspirei cansada.

— Está armado? — pergunto e ele nega.

Fiz um gesto para ele levantar os braços e ele sem reclamar fez. Revistei ele rapidamente e depois olhei Arthur que fez todos abaixarem as armas novamente.

— Fala o que quer. — voltei a me sentar.

— Que volte para a mansão. — levei a mão na boca contendo um riso. — É sério. — neguei lentamente.

— Isso está fora de questão, e o motivo você já sabe. — pedi mais uma dose de whisky.

— Todo mundo já se arrependeu, ok? — encarei ele.

— Depois do quê? — digo irritada. — De ouvir uma gravação em que Clary confessava tudo ao invés de acreditar no que eu dizia?

— Não escutei aquilo Maria.— arqueio uma sobrancelha. — Antes mesmo de você ter batido em Clary, sabia que alguma coisa tinha de errado. — dei risada e me virei novamente para o balcão.

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