Capítulo 18

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Sina Deinert

— Lamar, por favor. — me agarrei na sua perna enquanto ele andava pelo corredor. — Só uma.

— Maria, se ele descobrir vai ferrar o meu lado. — puxou e eu me deitei no chão.

— Como que eu vivo assim? — resmungo com a cara no chão. — Ninguém me ajuda nesse lugar. — escutei sua risada.

— Você deveria falar com ele, chega em um consenso. — me apoiei com as mãos e olhei para ele.

— Entrar em um consenso? — assentiu. — Com o Noah? — assentiu. — Vai procurar um psicólogo. — me levantei e ele riu.

— Não posso ficar te comprando isso escondido o tempo todo. — disse baixo.

— Só dessa vez? — ele suspirou. — Eu converso com ele depois.

— Não sei.

— Lamar. — me agarrei em seu pescoço na intenção de puxar ele para baixo, mas o bicho parecia uma pedra e eu apenas fiquei com os pés suspensos. — Per favore? — virei minha cabeça e ele me olhou.

— Você é impossível. — gritei feliz e passei minhas pernas em sua cintura.

— Grazie. — dei um beijo em sua bochecha e me soltei. — Pimenta em. — sussurrei me afastando.

Caminhei até o escritório de Noah e bati na porta. Alguns segundos e ouvi sua voz me pedindo para entrar.

— Licenza. — pedi entrando no escritório.

Noah me pediu para sentar e ali eu fiquei.

Josh tinha me falado que Noah estava ocupado de manhã por um imprevisto, então eu fiz o que tinha que fazer e ele me disse que poderia vir ao escritório depois. Como eu sabia que devia ser algo sério, apenas me calei e fiquei mexendo no meu celular.

Noah soltava uns palavrões e aquilo me fez pensar que ele levaria mais algumas horas ali. Eu até treinaria com as pessoas que não me odeiam, mas ao que parece todos receberam ordens de Noah.

— Nour, o sistema está dando erro. — ouço ele resmungar. — Dez minutos é muito. — disse bravo.

— Maria. — desvio a atenção do meu celular e olho Noah. — Faz o favor. — me chama inclinando a cabeça e eu vou até ele.

— O que aconteceu? — pergunto e ele se levanta.

— Decodifica isso pra mim. — apontou para a tela do computador e eu encarei ele esperando as palavrinhas mágicas. Noah bufou irritado e eu sorri. — Por favor.

— Chiaro! — me sentei em sua cadeira e coloquei os fones. — Deixa comigo Nour. — digo para ela.

Graças a Deus. — segurei o riso.

Olhei aquilo e li rapidamente. Colômbia?

— O que é isso? — acessei o banco de dados.

— Alguns assuntos que nos interessam da Colômbia. — disse Nour e eu arqueio uma sobrancelha.

Quem sou eu para opinar.

O sistema dele era por letras, então não demorei muito para decodificar.

Me levantei tirando os fones e parei ao lado da mesa.

— Não vai fazer? — Noah perguntou confuso.

— Eu já fiz. — ele abriu a boca para emitir algo, mas parou.

Noah voltou a se sentar e eu me deitei naquela poltrona.

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