Capítulo 07

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Sina Deinert

— Ok, vamos começar pelo básico! — revirei os olhos após a fala de Hina.

Ainda não acredito que aceitei toda essa merda!

Um dia antes...

— Por que não? — travei diante de sua pergunta.

Como que eu explico que de 100% da minha vida, 90% eu ocultei deles?

— Não sei nada além de máquinas. — digo fechando os programas.

— O que quer dizer com isso? — mordi o lábio inferior.

— Quero dizer que não sei atirar, lutar, dirigir, dentre todas as merdas que exigem qualificação. — escutei sua risada.

— Das duas uma. — pegou meu pulso e me fez olhar ele. — Ou está mentindo sobre sua vida, ou está mentindo sobre não saber nada. — encarei seus olhos. — É impossível alguém crescer dentro de uma máfia e não saber ao mínimo se defender.

— Já te disse. — digo tentando me soltar. — Eu vivo nas máquinas, quando não estava nela era dormindo. — deu risada novamente. — Me solta porra! — ele girou meu corpo e me prensou na parede.

Meu braço direito ficou nas minhas costas, e meu rosto em contato direto com a parede, conseguia até sentir o cheiro da tinta...

— Olha Sina. — sussurrou no meu ouvido e eu fechei os olhos. — Vamos ser francos um com o outro, certo? — fiquei calada. — Ao menos o mínimo você deve saber, porque mesmo que queira negar, quem cresce nesse meio, já cresce com o dom.

Isso não deixava de ser verdade, aprender a andar é o primeiro passo para começar a lutar, só que eu… eu era teimosa demais quando queria. É como eu disse, foram anos melhorando minhas habilidades, que quando chegou a hora de treinar meu corpo eu falhei. Não foi uma, nem duas, foram várias e várias vezes indo ao chão sem dó nem piedade.

"Ser imobilizada é pedir para ser morta.Dizia ela andando pelo localNunca jamais,deixe seu inimigo se aproximar com vantagem,analise-o,adiante seus passos e saberá como agir."

"Como faço isso se eu nem sei o que fazer?Ela se aproximou."

"Minha pequena,ninguém nasce sabendo.Alisou meu cabelo.Mas se não quiser acabar morta,é melhor começar a aprender."

"Sim senhora!"

— É só que fazem cinco anos. — digo ainda de olhos fechados.

— Ótimo! — me soltou e virou meu corpo mantendo o seu colado ao meu.

Seus olhos pareciam analisar minha alma de tão fundo que me olhava. Perdi meus sentidos por segundos quando sua mão tocou minha cintura.

— O que você… — ele colocou o indicador na minha boca me fazendo parar.

— Vai funcionar tudo bem fácil. — apertou minha cintura e eu tive que controlar minha respiração. — Irei colocar os melhores para te treinar, deve ficar em forma em menos de duas semanas.

— Duas semanas? — pergunto confusa. Nem que me desse um mês eu conseguiria.

— Duas semanas. — disse lentamente encarando meus lábios.

— Meus olhos estão mais em cima. — ele volta a me olhar. — Muito bem, se vou ficar aqui, tenho exigências. — ele riu mas não se separou.

— Me diz e eu penso no seu caso.

— Primeiro, não ouse mais chegar perto de mim. — afastei seu corpo de uma vez e ele me olhou surpreso. — Segundo, quero minhas batatas chips de volta, seus capangas derrubaram minha porta e levaram tudo.

The Máfia•Noart•Onde histórias criam vida. Descubra agora