Capítulo 81

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Point Of View Noah


Aquela sensação voltava á tona.

Novamente a vi desmaiando em meus braços. Chamava seu nome, mas seu corpo não reagia. No carro sentia seus batimentos cada vez mais fracos.

Por dias pensei quando teríamos paz, mas quanto mais o tempo passa, mas vemos que isso é quase impossível.

Não deveria ter deixado Sina sozinha na casa, mas quando encontrei meu pai, não pude deixar de falar poucas e boas com ele. Fui rendido por dois, mas sabia que ele não daria ordem para me matar.

Eu coloquei pra fora o que estava engasgado a muito tempo dentro de mim. Ele poderia dizer que não ligava, mas notava seu ar cada vez mais irritado.

Por fim, eu realmente achei que ver aquele local pegando fogo, iríamos entrar no carro e voltar para casa. Mas os planos mudaram.

Sina foi atingida pelas costas, por um homem que estava no chão. Não tínhamos tempo para nada, então colocamos ela o mais rápido possível dentro do carro e viemos até o hospital.

Já estou a horas aqui, nenhum médico aparece e toda vez que tento tirar alguma informação, eles me mandam esperar. Não suporto hospitais.

— Você precisa comer alguma coisa. — suspirei sem paciência ao ouvir a voz de Josh.

— Não quero Joshua, não insiste. — ouvi o barulho da embalagem e logo ele se sentou ao meu lado.

— Quando a Maria acordar, vou falar que você ficou sem comer. — encarei ele irritado.

Desde que Sina voltou a se recuperar da perda, eu a fiz prometer que não iria ficar sem comer novamente. Ver ela bem me deixa mais tranquilo, e ela disse que não ia ficar sem comer. Porém, o mesmo veio pra mim…

— Me dê esse suco. — digo tomando a garrafinha de sua mão.

— Escuta Noah, se algo de pior tivesse acontecido, nós já saberíamos. — dei um pequeno gole no suco. — Sina é forte. — me limitei a assentir.

— E a polícia? — digo baixo.

— Heyoon deu conta deles. — me olhou. — Tudo não passou de um assalto em que Sina tentou fugir e foi baleada. — assenti.

Tivemos o azar de trombar com a política no hospital. Por sorte todos estavam desarmados, mas isso não deixou a curiosidade deles de lado. Deixei Heyoon encarregada de resolver, minha cabeça estava aflita demais para pensar em qualquer coisa.

Meus pés ainda batiam impaciente no chão e a todo momento eu olhava aquele relógio na parede. Já era de manhã e eu estava prestes a invadir aquela sala…

— Olá. — me levantei de uma vez quando vi o médico que nos recebeu. — Estão com a senhorita Deinert, certo?

— Sim. — parei na sua frente. — Por favor, me diz que ela está bem. — digo sentindo um aperto no peito.

— O quadro dela se agravou muito. — neguei lentamente. — Sina perdeu muito sangue e a cirurgia foi um pouco complicada, já que a bala ficou alojada.

— Por favor, não… — minha vista ficou cada vez mais embaçada pelas lágrimas.

— Mas não se preocupe, a cirurgia foi um sucesso. — encarei ele que sorria sem mostrar os dentes.

— Está me dizendo que ela… — ele assentiu e eu levei a mão na cabeça sorrindo aliviado.

— Sina vai precisar de muito repouso, mas os dois vão ficar bem.

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