Capítulo 27

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Sina Deinert

- Mas não fui eu! - gritei pela milésima vez.

- Já chega Maria, sai daqui antes eu perca a paciência. - fechei minhas mãos querendo dar na cara desse moreno de merda. Quem ele pensa que é?

Sai daquele centro de treinamento puta da vida.

Quer saber o que está acontecendo? Eu explico.

Eu estava linda e bela treinando meus tiros com faca, até uma voz enjoada adentrar o local.

Clary veio toda pomposa me perguntando se eu podia treinar com ela. Eu juro que fiquei confusa, e até neguei uma vez, mas com aquela voz irritante, na terceira vez que me pediu eu

Estávamos indo bem, até que ela começou a me fazer perguntas, perguntas que eu estava ficando cada vez mais irritada. "Você foi abandonada? Traída? Seus pais morreram? Ou melhor, dispensada por fazer um péssimo trabalho na cama?"

Aquela vadia me chamou de puta!

Pra quem só se preocupa com cabelo e maquiagem, a curupira até que sabe lutar. Suas escorregadas eram propositais, e aquilo eu notava bem.

Eu só não poderia contar que ela iria tão fundo me deixando cortar ela, pois é, eu cortei a perna da mocreia.

Clary caiu no chão gritando alto, juro que se eu pudesse cortava a garganta dela, ela era pior que bebe chorando, credo.

Quando tentei me aproximar ela começou a gritar me pedindo para ficar longe e me chamou de maluca.

Maluca!

Meus amores, essa mulher não me viu maluca ainda.

Não demorou nem dez segundos e a maioria apareceu no local, dentre elas Noah, que viu o chão coberto com sangue de cobra e perguntou o que havia acontecido.

Antes que eu pudesse dizer algo, a curupira saiu na frente dizendo que eu tinha levado o treino sério demais e cortei ela de propósito.

Naquele momento eu só dei risada, porque não é possível que aquele filhote de cruz credo falou aquilo.

Ninguém, repito, ninguém me deixou falar nada, mesmo eu dizendo que a culpa não era minha. Any disse que Clary não sabia manusear uma arma, Sabina disse que eu não tinha que me meter em assuntos de treino, e Noah me disse que eu não deveria ter aceitado aquilo independente do meu grau.

Naquele momento eu não sabia se eu dava risada, ou terminava o trabalho arrancando o resto da pele de cobra. Mulherzinha sem noção. Deixa ela se aproximar novamente, eu arranco todo aquele aplique dela.

— Sina? — parei quando ia subir as escadas. Me virei e vi Savannah ao lado de Diarra.

— Eu. — me aproximei.

— A gente está indo no shopping, semana que vem tem a inauguração e vamos comprar um vestido. — disse Sav e eu cruzei os braços.

— Vamos com a gente, aí você compra o seu, tem uma loja de máscaras ótima também. — Diarra parecia animada.

— Obrigada meninas, mas não vou nessa festa idiota. — sorri. — Mas divirtam-se.

Me virei e subi para o quarto correndo.

Até parece, eu, Sina indo na inauguração do pai daquela metida, prefiro passar um ano sem comer batata chips.

Peguei uma roupa e fui tomar banho, o sangue da cobra espirrou em mim, vai que me contamina.

Dei risada sozinha e fui tomar meu banho.

...

Passei o resto da tarde no quarto, cheguei a procurar pelas meninas mas pelo visto todas foram no shopping.

Minha barriga roncou e eu me virei na cama, preguiça de ir comer meu Deus.

Peguei meu celular e sai do quarto indo em direção a cozinha.

Coloquei uma música e fui fazer um macarrão, vontade que me deu de comer massa.

...

Estava terminando o molho quando ouço aquela maldita voz. Era só o que me faltava.

— Que música chata. — minha música pausou e eu fechei os olhos respirando fundo.

Voltei a mexer minha panela e ignorei a curupira atrás de mim.

— Você deu sorte viu, o corte não foi tão fundo. — coloquei um pouco de molho na minha mão e provei.

Falta sal.

Segui até o balcão e procurei.

— Sabe o que mais? — peguei o sal e voltei. — Fiquei sabendo que a dondoca realmente é sozinha. — coloquei o sal e mexi lentamente. — Já pensou que triste morrer e ninguém sentir sua falta.

— Vem cá, qual o seu problema? — me virei olhando para ela.

— Acha que não percebo você dando em cima do meu noivo? — revirei os olhos e voltei a mexer meu molho. — Pra você é Noah, não Noahzinho.

— Se eu quiser chamar ele de "palhaço", eu vou chamar. — digo segurando o riso.

— Chamar de quê? — olhei meu molho. — Escuta, tenha respeito com quem está salvando sua vida.

— Não estou com vontade. — dei risada. — Agora sai daqui, está me atrapalhando.

— Deveria aprender como fala comigo, florzinha.

— Deveria tomar conta do que é seu, cagna. — sorri.

— Me chamou do quê? — disse querendo ter certeza do que ouviu.

— Olha, lei capisce l'italiano. — dei risada.

(Ela entende italiano)

— Some daqui e não me estressa. — digo vendo o molho ferver.

— No seu lugar aprenderia a se comportar, non voglio nessuno morto.

(Não quero ninguém morto)

Parei o que estava fazendo e encarei ela.

Bem como eu suspeitava, a cachorra não presta, em um passe de mágica sua voz irritante sumiu.

— Surpresa? — provocou. — Deveria ter medo, porque se tocar no que é meu, eu acabo com sua vida. — ela agarrou minha mão e agitou fazendo espirrar molho quente nela.

Clary começou a gritar novamente e eu fiquei sem reação.

— O que está acontecendo? — me virei para a porta da cozinha e lá estava Noah, junto de Josh e Lamar.

— Ela tacou molho quente na minha cara. — disse Clary com sua voz irritante e todos olharam para minha mão onde tinha a colher levantada.

— Não taquei. — digo e Noah toma a colher da minha mão.

— Sai daqui Maria! — jogou a colher longe.

— Não vou a lugar nenhum, essa mulher é maluca! — ele avançou na minha direção.

— Não sei o que está dando em você, mas se não quiser ser castigada, é melhor sair daqui. — disse olhando nos meus olhos e por pouco não meti um soco ali.

— Quero mais é que sua cara fique com bolhas, sua vadia! — digo esbarrando com força em Noah e saio da cozinha.

Maluca,surtada,quero mais é que Noah quebre a cara sozinho com ela!
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Cagna:Vadia!

Nós vemos no próximo capítulo☆

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