Capítulo 40

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Sina Deinert

Banho tomado, barriga cheia e criando coragem para ir naquele escritório. Meu rosto ainda estava meio inchado, então eu sabia que a maquiagem seria incapaz de cobrir isso.

Saí do quarto e caminhei até o bendito escritório. Bati duas vezes na porta e não demorou até ouvir o seu "entre".

Passei pela porta e fechei em seguida. Noah estava virado para a janela sentado em sua cadeira.

— Pois não? — digo olhando ele e Noah se vira lentamente apoiando os braços na mesa.

— Vamos lá Maria. — disse calmo. — Me dê um motivo para eu não despejar um bom sermão em você agora?

Sua pergunta fez meu cérebro dar uma leve bugada. Primeiro porque ele realmente parece calmo, segundo, sério que vai me deixar falar?

Fiquei refazendo sua pergunta várias vezes na minha cabeça até achar algo bom o suficiente para não ouvir nada da boca dele.

— Não posso depender de você sempre. — digo olhando em seus olhos.

— O que quer dizer com isso? — suspirei.

— Era um assunto que eu tinha que ir resolver, não tinha o porquê eu te falar na hora. — Noah se levantou e colocou as mãos no bolso da calça vindo em minha direção.

— Perdeu a reunião, se meteu em confusão e levou um tiro, hoje resolve apenas sair dizendo ir ao mercado e volta com isso na cara. — ficou me olhando.

— O motivo de eu ter me atrasado, Noah, foi justamente porque passei parte da madrugada falando com Shivani. — cruzei os braços. — Ontem eu saí para me encontrar com uma pessoa que pode me ajudar a chegar até Henrique. — Noah inclinou a cabeça desconfiado. — E hoje quem me chamou foi Joe, queria tirar satisfação sobre a zona de ontem. — assentiu lentamente.

Noah retirou uma mão do bolso e se aproximou mais tocando em meu rosto. Sua mão quente encostou no meu machucado e isso fez com que meu corpo se arrepiasse por inteiro.

— Ele fez isso? — olhei ele que ainda segurava meu rosto com uma mão.

— Ele saiu pior do que eu. — dou de ombros e ele retira sua mão.

— Agora me conta. — voltou com a mão dentro do bolso. — Quem é esse cara e o que conversaram?  — revirei os olhos e passei ao seu lado me sentando na poltrona do canto.

Noah ouviu em silêncio tudo o que eu disse, a respeito de Henrique e de como ele estava. Infelizmente não teve como eu contar muito, afinal, fomos interrompidos pelos tiros que entraram no local.

Confesso que era difícil olhar pra cara dele e não tremer na base, não por medo, mas porque há um dia atrás ele me fez gemer como uma maluca. Noah por outro lado parece estar bem com isso, queria muito saber se ele bateu uma mesmo...

Depois da nossa incrível conversa — onde ele realmente estava de bom humor — eu fui liberada. Noah apenas me disse que eu realmente não lhe devo satisfação, porém que eu tenho que parar de agir na emoção. Nisso a gente concordou.

(Quebra de tempo)

— Bem cavalheiros, aqui será o novo lar de vocês, pelo menos nos próximos dias. — digo olhando todos ali embaixo.

Como Noah havia me prometido, ele me deu uma de suas casas para as pessoas que vão me ajudar. A localização fica a 30 minutos da casa dele, o que é muito bom.

Já faz dois dias que tivemos nossa conversa, e daqui um dia estaremos embarcando para o México fazer a tal missão. Nisso eu me empenhei melhor, compareci nos dias que ele acertou os últimos detalhes, tenho tudo pensado e sem nenhuma chance de dar errado.

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