Capítulo 04

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Sina Deinert

Eu não faço a menor ideia de quanto tempo passou, mas eu nunca senti uma água quente tão boa quanto essa. Minhas mãos já estavam enrugadas de tanto tempo que passei aqui embaixo, só me dei conta disso quando alguém começou a esmurrar a porta.

Espremi meu cabelo e enrolei uma toalha no corpo. Abri a porta e o semblante do moreno não estava nenhum pouco bom.

— Desculpa, perdi a noção do tempo. — passei ao seu lado rindo.

— Jura? Nem me dei conta de que passou 1h ali embaixo. — arregalei os olhos. — Veste isso. — apontou para a cama.

Olhei para ela e lá havia uma roupa. Uma calça jeans preta, uma blusa de manga longa vermelha e um conjunto de roupa íntima também preto.

Peguei a roupa e encarei Noah.

— Vai ficar aí? — ele cruzou os braços.

— Já enrolou demais, anda. — revirei os olhos.

Coloquei a calcinha e o sutiã, depois sequei mais o meu cabelo e me sentei na cama. Retirei a toalha deixando sobre o meu colo e vesti a blusa.

Peguei a calça e passei por meus pés, me levantei e a toalha foi direto ao chão me fazendo encarar o moreno.

— Sabe, eu posso considerar isso como assédio. — seu olhar veio de encontro ao meu.

— Eu não era gay? — cruzou os braços.

— Desde quando gay fica excitado ao ver mulher pelada? — apontei com os olhos para o seu pau.

Assim que ele olhou neguei lentamente e vesti a calça, olha só, serviu direitinho.

— Como sabia minha numeração? — pergunto me sentando novamente na cama.

— Não sabia. — disse mexendo na cômoda que havia ali. — Agora anda, não tenho o dia todo. — revirei os olhos.

— Estou com fome, posso comer algo? — pergunto colocando o tênis.

— Vou pensar no seu caso. — me olhou. — Aliás, quantos meses tem? — apontou para minha barriga.

Sustentar ou não? E se ele estiver me usando para saber o que eu fiz… se bem que isso só duraria quatro meses, minha barriga não ia crescer e alguém iria suspeitar.

— Dois meses. — digo me pondo de pé.

— E onde está o pai? — mordi o lábio inferior enquanto me olhava no espelho.

— Não existe. — digo simples e ele aparece atrás de mim. Está aí uma coisa que não estou mentindo, se não tem gravidez, não tem pai.

— E você fez isso com o dedo? — segurei minha vontade de rir.

— Você entendeu. — digo me virando. — Vamos logo. — passei ao seu lado.

...

O caminho de ida demorou bem mais, acho que foi porque da outra vez eu parei em um galpão, e depois fui golpeada na cabeça.

Assim que chegamos subi aquelas escadas de matar.

Parei no meu andar e minha porta ainda estava no chão. As coisas pareciam ter sido reviradas e eu vi que nem comida tinha mais.

Com aqueles caras atrás de mim segui até o meu quarto.

— Está ali. — apontei para o colchão e dois foram até lá.

Deixei eles tirando o dinheiro que guardei e segui até a sala onde fica meus computadores. Só havia um cara na porta e ele mantinha sua mão na cintura, como se eu fosse louca de fugir e levar um tiro.

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