The Máfia•Noart•

Capítulo 74

Sina Deinert

Encarava a tela daquele computador enquanto batia impacientemente a ponta da caneta na mesa.

Estava no escritório de Noah, e hoje faz uma semana desde que matei aquele cara. A equipe que mandei para a Itália já estava instalada e também instruída a missão que dei.

Noah está atolado com coisas para fazer também, tanto que nem o vi direito esses dias. Mas segundo ele, amanhã mesmo poderemos discutir nossa viagem para Itália.

Falando em Noah, Mariane veio toda inconformada ontem quando soube que ainda não tínhamos nada concreto. Mas para ser sincera, isso não é algo que espero dele agora, algo me diz que o Noah é todo desengonçado em relação a isso.

Também fiquei sabendo que dona Wendy está vindo aqui, chega amanhã. O motivo ainda é um mistério, tudo o que ela disse era que tinha a ver com Marco, cara que ainda não sabemos onde está.

Estou com medo das coisas saírem do meu controle, não quero e não posso deixar ninguém se ferir nisso...

Comecei a ouvir um barulho estranho e quando virei meu rosto vi Pipoca fazendo xixi em cima da mesa de Noah.

Arregalei meus olhos e no mesmo instante gritei tirando ele de cima.

— Não! — deixei ele no chão e olhei a mesa.

Os papéis, meu Deus, não! Noah vai me matar!

Olhei em volta mas não havia nada, desesperada tirei minha blusa e bati em cima dos papéis para ver se salvava algo.

— Puta que pariu. — resmungo vendo que estava tudo manchado.

Piorei a situação!

Isso era coisa de contabilidade, administração e sabe se lá mais o que havia nesse monte de papel!

Noah me pediu para não deixar Pipoca no escritório, tinha medo dele comer as poltronas ou os pés da mesa e cadeiras, por isso deixei ele em cima da mesa. Na minha cabeça, ali eu tinha visão dele e ele não poderia estragar nada.

Parece que você quebrou a cara,Maria.

Olhei Pipoca que corria atrás do próprio rabo e acabei rindo. Como que eu brigo com essa coisa?

Meu coração disparou quando a porta do escritório abriu e por ela passou Noah. Pipoca não pensou duas vezes, apenas saiu pulando do escritório e Noah fechou a porta de uma vez. Seu olhar veio de encontro ao meu e eu desviei para a mesa que tinham os papéis molhados.

— Oi. — digo entrando na frente da mesa. — Sei que não queria ele aqui, mas achei que se ficasse de olho ele não destruiria nada. — digo sem jeito e Noah continua me olhando. — Mas ele acabou aprontando e isso resultou em seus papéis molhados com xixi, mas eu juro que recupero tudo. — ele se aproximou.

Jurei que ele ia gritar, ou ao menos bufar sem paciência, mas tudo o que ele fez foi envolver seus braços em minha cintura e me beijar ferozmente.

Fiquei sem entender nada, mas logo senti ele me pegar pelas pernas e me colocar sentada em cima da mesa.

— O que está fazendo? — pergunto com um sorriso sentindo seus beijos em meu pescoço.

— Acabei de me lembrar de algo. — parou me olhou nos olhos.

— O quê? — seu rosto se aproximou do meu.

— Que eu já transei com você e não me lembro de nada. — fechei os olhos sentindo um arrepio percorrer meu corpo. — Você devia estar tão molhada, tão quente. — me deu um selinho puxando meu lábio inferior.