Sina Deinert
Eu sentia um leve carinho em meu braço, mas me neguei a abrir os olhos ou me mexer. Ainda me sentia agarrada em Noah, e isso me dava uma vontade de sorrir.
Às vezes me pego pensando, como seriam as coisas se meus pais não tivessem morrido? Como estaria a minha atual situação? Será que eu seria assim? Será que eu me sentiria tão segura mesmo tendo eles ao meu lado?
Hoje eu vivo apenas por mim, não tenho com quem contar a respeito de família. Como será que eu irei ficar sem eles, Noah e companhia?
Um toque de celular e eu mantenho minha respiração regulada.
— Mãe? — meu coração disparou sem motivo. — Oi. — notei sua voz mais alegre. — Não, ainda estamos no México. Sim, conseguimos. Obrigado. — riu. — É, então, não estou no melhor momento para falar disso. — fiquei confusa. — Não mãe. — disse um pouco mais alto. — Escuta, não comenta com o papai, ok? Eu estou bem e não vai acontecer nada. — ele ficou em silêncio por um tempo. — Tudo bem, tchau!
Um suspiro e eu senti ele me tirar com calma de cima dele. A coberta foi colocada sobre meu corpo e eu quase despertei ao sentir um beijo em minha testa.
— Me desculpa. — foi o que escutei e minutos depois uma porta bater.
Assim que ouvi o chuveiro ligar despertei e fiquei encarando o teto do quarto.
Me desculpa pelo quê?
(Dois dias depois)
Qualquer dúvida que eu tivesse, jamais seria esclarecida.
Noah, o que quer que passe na cabeça dele jamais vai sair de lá, parece que ele gosta de ser "incógnita", me dá raiva. Mas eu não posso simplesmente chegar nele e falar: Noah, porque ficou fazendo carinho no meu braço enquanto eu dormia? Porque me deu um beijo na testa e me pediu desculpas enquanto eu dormia?
Justamente por isso! Eu estava "dormindo"!
Eu não tenho o direito de me meter na bela vida do moreno, mas a partir do momento que isso envolve um carinho de sua parte, me deixa intrigada. Ele não é carinhoso!
Então o que me resta é fingir que nada aconteceu, é seguir com minha vida como se não tivéssemos dividido um quarto e uma cama por quatro dias, é simplesmente ignorar que nós nos provocamos como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. Não é!
Juro que estou cogitando a possibilidade de ir morar com minha equipe, ao menos lá todos são meus funcionários e não vão dar em cima de mim. É uma coisa a se pensar…
Novamente eu estava em um carro separado, na verdade já chegando na mansão de Noah. A gente passou dois dias lá aproveitando, até fomos em uma festa, mas nada muito exagerado. Agora de volta a LA, tenho que colocar as ideias no lugar e conversar com calma com Arthur.
O carro parou e eu estava cansada dessa viagem, queria apenas um banho quente e minha cama confortável.
Desci e deixei a mala lá mesmo, depois me preocupo com isso.
Abri a porta principal e logo aquelas vozes me fizeram fechar os olhos pela gritaria.
— Opa chefinha, que saudades. — ouvi a voz de Mari e a olhei. Short curto e a parte de cima com um biquíni preto.
Ela veio trabalhar ou passar um tempo de férias?
— E isso? — apontei para o seu corpo. — O que é?
— As meninas me disseram que não tinha problema, e como Arthur estava arrumando as coisas para a sua volta. — encolheu os ombros e eu assenti lentamente.
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The Máfia•Noart•
Action𝑵𝒐𝒂𝒓𝒕 𝑨𝒅𝒂𝒑𝒕𝒂𝒕𝒊𝒐𝒏|Ela é uma garota inteligente,mas chegar a esse efeito não foi nem um pouco fácil. 20 anos e vivendo totalmente isolada no subúrbio de LA,viver sem o luxo é uma escolha sua,visto que a mesma se diverte roubando pessoa...