Capítulo 41

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Sina Deinert

A mulher usava uma jaqueta de couro, porém o decote em sua regata a deixava com o busto bem à mostra. Sua calça jeans era escura e usava uma bota coturno de cano médio. A roupa justa deixava suas curvas marcadas e se levar em conta a bota, acho que ela tem 1,70 de altura, menos até. Pele clara e cabelos escuros longos, olhos escuros e tinha um pirulito na boca. Ok, eu não esperava por isso.

— Oi Sina. — disse Arthur vindo ao meu lado, mas eu mantive meu olhar na mulher.

— Arthur. — peguei em seu braço e o virei. — Essa é a Mariane? — sussurro incrédula.

— Sim? — disse baixo. — Por quê? — empurrei ele irritada.

Porra a mulher é praticamente um avião, e ainda tem cara de ser aquelas bem confiantes consigo mesmo.

— Mariane. — digo forçando um sorriso e volto a me virar. — Seja bem-vinda. — ela sorriu.

Ah que ótimo, até o sorriso dela é impecável.

— Você é a famosa Sina Maria. — se aproximou com o pirulito na mão e me estendeu a outra. — Será bom trabalhar com você. — seu olhar desviou em direção a cozinha e vi seu olhar mudar.

Separei minha mão e vi que quem estava ali era Noah. Mariane simplesmente levou o pirulito na boca e caminhou até ele jogando os cabelos levemente para trás.

— Noah Jacob Urrea. — disse com entonação na voz. — É um prazer conhecer você. — abri a boca e encarei Arthur.

Fiquei maluca ou ela acabou de dar em cima dele?

Ok, eu não tenho o direito de falar nada, mas quem ela pensa que é para chegar assim? E ainda por cima no Noah?

Olha aqui, eu não me livrei de uma para aparecer outra!

Credo Maria, ciúmes não combina com você… ainda mais por esse moreno, eu em.

— Você quem é? — olhei Noah que perguntou a morena.

— Me chamo Mariane Isabelly. — chupou o pirulito e logo retirou da boca. — Mas você pode me chamar do que quiser. — ri desacreditada e ela sorriu de canto.

Noah olhou a garota de cima a baixo e depois abriu um meio sorriso. Esse cachorro ainda gostou?

— Dá um jeito nessa mulher. — resmungo para Arthur e passo por todos rapidamente.

Subi em direção ao quarto e bati aquela porta irritada.

— "Pode me chamar do que quiser". — resmungo indo até o closet. — Ah garota tenha dó. — peguei as roupas e joguei em cima da cama.

Mal chegou e acha que pode mesmo sair dando em cima dos outros?

Puxei a mala que estava embaixo da cama e coloquei sobre ela. Rodei aquele zíper e abri ela pegando as roupas para colocar dentro.

Escutei minha porta abrir e levantei o olhar. Arthur se aproximou e eu cruzei os braços.

— Da próxima vez, bata. — digo séria e ele ri. — Não deveria estar cuidando da "sua amiga"? — digo debochada.

— Olha, a Mariane é assim mesmo. — arqueio uma sobrancelha. — Não pode ver alguém com um pau no meio das pernas. — segurei minha vontade de rir. — Mas juro que ela é legal, inclusive, já fez amizade com os outros.

— Olha só, ainda por cima todos gostaram dela de cara. — voltei a arrumar a mala.

— Maria, isso é ciúmes pelo Urrea...

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