Capítulo 35

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Sina Deinert

— Então é isso, Sina está de volta. — disse Noah pondo um fim na reunião.

Ele convocou essa reunião ontem para hoje a tarde, no caso depois que eu falei sobre o dinheiro. Muitos vieram falar comigo após descobrir que estava em casa, de longe notava o arrependimento de todos e seus pedidos de desculpas pareciam sinceros. Não tem muito como ficar brava com eles, todo mundo tem um pouco de culpa.

Mike e Arthur ficaram essa noite aqui na mansão. Noah pra variar ficou com um pé atrás, disse que é loucura minha confiar neles, ainda mais mostrar a localização da mansão.

Mas eu caguei!

Ainda joguei na cara dele que se não fosse por Arthur, nem aqui eu estaria hoje.

A única que não veio falar comigo foi a Shivani. Todos disseram que ela estava mal nos últimos dias e eu queria muito entender o que se passou com ela. No dia em que eu saí, ela foi a que veio até mim e disse que conseguiria mostrar que eu não tive culpa…

Noah também liberou a sala de computação para eu usar, até porque preciso de um lugar para fazer minhas coisas, mas até os meus computadores chegarem vai demorar uns dias.

Ontem a noite antes de dormir, chamei Mike e Arthur para conversar também, pedi a ajuda dos dois com algo e espero conseguir...

De todo o resto, eu retomarei minha vida normal. Treinos com Savannah, depois com as meninas, convenci o moreno ter minhas batatas de volta e que se alguém tocasse sem a minha permissão, morria. Pelo visto todos concordaram.

Agora a única coisa que falta é eu resolver o lance da casa, isso eu vou ter falar com o Noah também, essa vida não é fácil.

Todos saíram da sala e eu fiquei encarando o moreno que se apoiou na mesa.

— O que foi agora? — perguntou cruzando os braços.

— Preciso de ajuda para achar uma casa. — me olhou desconfiado.

— Não vai ficar aqui? — assenti. — Quer uma casa pra quê?

— Bem, agora eu tenho os meus funcionários. — digo cruzando as pernas. — E semana que vem chega mais alguns, preciso de um alojamento.

— Pra quem não sabia o que fazer, até que conseguiu aliados rápido. — dei risada. — Eu tenho moradias próximas, todas com o necessário para treino.

— Vai me dar uma casa? — pergunto sorrindo de canto. — E ainda de graça? Como você é um amor. — ele ficou me olhando sério.

— Nada nessa vida é de graça Maria. — se aproximou.

Tentei controlar meu maldito coração, mas quando ele apoiou os braços na cadeira e se inclinou para cima de mim, acabei por engolir seco. Deitei um pouco na cadeira e ele só sorriu de canto se aproximando mais.

— Lembra do resort no México? — assenti encarando seus lábios. — Descobri que seu rosto não foi vazado, então você vai invadir a sala de arquivos.

— Eu vou? — pergunto sorridente. — Que legal, quem vai?

— Ainda estou pensando. — aproximou seu rosto e eu senti sua respiração quente próxima a minha. — Mas que fique claro, eu darei as ordens. — soltei uma risada.

— Ata. — digo debochada e desvio meu rosto aproximando minha boca do seu ouvido. — Terá que me engolir Noah. — sussurro e dou um beijo de leve em sua bochecha.

— Quero engolir outra coisa sua. — arregalei os olhos e no mesmo instante alguém bateu na porta.

Eu ouvi o que eu ouvi? Ele disse… Deus, que cara maluco!

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