CAPÍTULO 04

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ANA MARIA

Encaro o teto esperando as lembranças da noite passada entrar na minha cabeça.

Ah, claro na casa do irmão da Cami, entro no banheiro do quarto e tomo uma banho, visto o vestido que eu usei no baile para poder ir embora, ajeito a cama em que eu dormi, vai que o cara me acha uma desleixada.

Saio do quarto descendo as escadas e indo em direção a porta.

Xxx: tá com pressa de que maluca?- Olho para o cara que eu esqueci o nome.- tá fugindo?

Naná: ah, oi.- olho sem graça.- na verdade eu só estava indo embora.-falo como se fosse o óbvio.

Xxx: nem um obrigado?- encaro ele com o cenho franzido.

Naná: ah, obrigada.- digo simples, me lembro de ter agradecido na madrugada.- agora tchau.- me viro.

Xxx: toma um café aí, comprei um pão.- ia negar mas ele interrompe.- bora, tem k.o não.- assinto e sigo ele até a cozinha.

Me sento na mesa e encaro ele que me fita.

Xxx: Vai para a casa da Camila?- nego.

Naná: vou para casa, preciso de um banho e uma roupa confortável.- ele assente e volta a comer.- Vou indo, obrigada novamente.- ele assente.

Saio da casa que é bem bonita tanto por fora quanto por dentro, do lado de fora do portão do bom dia aos meninos que parecem fazer a segurança.

Vou descendo o morro quando sinto alguém me tocar.

Naná: aí garota, que susto.- é a Camila.

Cami: Tava onde?- me encara e encara a rua de onde eu vim, ela franze os cenhos e me encara de novo.

Naná: seu irmão, não deixou eu ir embora bêbada, disse que não estava em condições de dirigir.- ela olha de novo para a rua e depois para mim, parece abismada.

Cami: meu irmão? O Sansão?- ah, esse é o vulgo dele, nem me lembrava.

Naná: sim, eu já estava na porta do carro, ele me levou para a casa dele, dormi no quarto de hóspedes.- ele encara a rua e me encara de volta.

Cami: Ah, claro.- diz como se não acreditasse.- mas tarde tem pagode, você podia ficar.-nego.

Naná: Cami, preciso de roupas confortáveis, vou para casa, deitar e ficar de molho.- ela nega.

Cami: ah não Naná, vai em casa e troca de roupa.- ele desembesta a me convencer e não para de fala.- por favorzinho.

Naná: tá bom Camila, eu volto.- reviro os olhos.

Cami: Eba.- bate palminhas.

Naná: mas se você me abandonar como fez no baile, eu nem piso mais aqui.- ela assente.

Termino de descer o morro e vou para casa,  tomo um banho e lavo meu cabelo que fedia a maconha, pego dinheiro, celular e volto para a rua.

Um milagre, Ana Maria três vezes na semana fora de casa.

Envio uma mensagem para a Cami avisando que estou indo.

Entro novamente no carro, que provavelmente está surpreso com a quantidade de vezes que está sendo usado e vou caminho ao Vidigal, novamente.

A Cami está na barreira e dessa vez nenhum dos meninos embaça a minha entrada, devem achar que me mudei para cá, sorrio do meu pensamento exagerado.

Cami: Vamos pegar meu sobrinho primeiro.- assinto.

Ela chama em um portão umas ruas acima e logo uma mulher bem bonita sai no portão.

PATROAOnde histórias criam vida. Descubra agora