CAPÍTULO 47

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ANA MARIA

Ouço mais uma vez a pergunta do Sansão.

Sansão: Naná, o Nicolas, alguém levou o Nicolas.

Naná: uma enfermeira loira, entrou no quarto ainda pouco.- falo olhando finalmente para o rosto em Pânico do homem que hoje é o pai do meu filho.

Ele sai pela porta e eu me sento olhando de um lado para o outro, o que está acontecendo?

Me levanto não tão rápido, já que tem apenas algumas horas que eu pari.

Saio do quarto e vejo ele desesperado perguntando as pessoas, o médico entra no quarto e me questiona.

Dr: Quem entrou aqui?- encaro ele.

Naná: a enfermeira loira, está com um jaleco branco.- ele franze o cenho.

Dr: as meninas da enfermaria costumam usar uniformes coloridos.- diz pensativo.- aciona a polícia, olhem as câmeras.-fala com o segurança do andar.

Naná: o bebê sumiu.- encaro a parede, mas alguém que por minha causa está em perigo, lógico que foi aquele cara, ele não vai me deixar em paz?

Me perco nos meus pensamentos, esses horríveis que tem me assombrado ultimamente, simplesmente perdi uma das pessoas mais importantes da minha vida, por causa da minha paixão por um traficante.

Olho ele caminhar até mim completamente desolado, ele está com o semblante triste e é notável que ele está bem preocupado.

Naná: É culpa sua.- as palavras saem da minha boca, sem que eu ao menos perceba.- se eu não tivesse me apaixonado, se você não tivesse ido tantas vezes atrás de mim, minha vida não estaria assim, minha amiga estaria comigo, meu filho não estaria em perigo agora, ou morto.- o olha dele triste fica irreconhecível, muito mais magoado que eu tenha visto, o silêncio é o que ele me dá em resposta, ele entra no quarto do hospital, pega carteira e sai.

Sansão: Fique aqui, a polícia está chegando, não posso ficar, vou procurar o Nicolas do meu jeito, e vou o encontrar.- não o respondo.- toma cuidado, sabe que não pode confiar em polícia, sua mãe está vindo para cá.- assinto, somente.

Vejo ele se afastar e meu peito é tomado por uma dor, talvez arrependimento por ter dito aquilo, por talvez ter o magoado, eu o amo, mas os sentimentos no meu coração estão confusos.

Logo minha mãe chegou, ela está inquieta e o tempo todo no celular, disse que meu pai está igual monstro atrás do Fernando.

Um fato curioso? Eles estão juntos, no início minha mãe se negou, até ele insistir e fazer ela mudar completamente de ideia, meu pai parece ser bem apaixonado por ela, acho legal que eles tenham se acertado.

Naná: alguma novidade?- ela nega, estou me sentindo impotente, neguei a existência da criança, não o peguei no colo e agora corro risco de nunca mais vê-lo.

Meus olhos se enchem de lágrimas.

Naná: mãe preciso de água.- ela assente e sai para buscar.

Estou olhando pensativa para a parede quando um senhor entra no quarto, aparentemente ele trabalha aqui.

Xxx: olá, boa tarde.

Naná: boa tarde.- falo com a voz embargada.

Xxx: o que a que está triste, em um andar onde se sai com a vida, deveria está irradiante com o seu bebê, onde está o bebê?- olha pelo quarto e me encara.- você perdeu o bebê? Eu sinto muito.

Naná: meu bebê foi sequestrado.- falo senti do lágrimas completamente involuntárias descer pelo meu rosto.

Xxx: nossa, eu sinto muito, vão o encontrar, creia que Deus está zelando por ele, e que logo estará em seus braços novamente.- o novamente entrou como flechas em meu peito.

Naná: Eu sou uma péssima mãe, não havia o segurado.- ele me encara.

Xxx: Não diga, que é uma péssima mãe, você está sentindo a dor, e essa dor é a dor de uma mãe, uma mãe preocupada,uma mãe que queria lutar e só precisa esperar, uma mãe que agora está se sentindo impotente e que antes também estava. Deus conhece o seu coração, sabe o que exatamente você estava passando para ter recusado segura-lo, sabe que você sente como se fosse fraca, quando na verdade é muito forte por está segurando tudo.

O senhor que parecia ter uns 70 anos, me impressionava com o tanto de coisas que ele dizia, e suas palavras eram o que me confortava naquele momento, me senti entendida, e de fato consolada.

Xxx: Você é forte, é corajosa, seu filho logo estará no seu colo, sentindo o calor do seu corpo, levante a mão para o céu e agradeça,por Deus cuidar de vocês, e não queira entender os planos de Deus, mesmo quando não te agrada.- assinto entre lágrimas. -Boa sorte, preciso ir.

Naná: obrigada.-o senhorzinho passa pela porta e logo minha mãe entra.

Márcia: oi amor, vai ficar tudo bem.- me entrega a água.

Naná: alguma notícia?- ela nega.

Suspiro e me encolho na cama, fecho meus olhos e mando energias positivas para as pessoas que eu amo, peço a Deus que cuide de todos.

Me aconchego na cama e deixo que minhas lágrimas dessam, enquanto eu oro baixinho.

Os médicos entram no quarto para me olhar, a polícia vem fazer julgamento e ninguém tem se quer uma notícia do meu bebê.

Segundo o delegado, já estão a procura da enfermeira, que saiu do hospital em um carro antigo.

O Sansão não responde minhas mensagens ou chamadas.

As enfermeiras me olham com pena quando vem verificar minha pressão ou botar algum remédio no soro.

As copeiras quando trazem meus alimentos me olham e desejam boa sorte para que encontrem logo o neném.

Minha mãe me parece preocupada, não sai do celular, deve está falando com o Coroa.

Tudo está acontecendo bem apressado, o dia está corrido e horas já se passaram, mas ninguém achou o meu bebê ainda.

O Fernando vai pagar, por ter mexido com a minha família, o Fernando vai pagar pelo Luan também, eu mesma vou matar esse cara com minhas próprias mãos.

Entro nos meus contatos e envio uma mensagem para o contato em que ele me enviava avisos, fotos minhas destraidas, ele não parou de me vigiar, ele sempre estava em algum lugar, o Sansão, não sabe, deixei em segredo, achei que uma hora ele desistiria, mas ele sempre esteve em algum lugar.

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PATROAOnde histórias criam vida. Descubra agora