ANA MARIA
Estava subindo as escadas quando ouço ela falar.
Márcia: Eu tinha 15 anos Você sabe.- paro sem me virar para frente.- seu pai era o herdeiro de um morro, um traficante.- encaro ela e sei que todos ali nós encaram.-eu era uma garota Ana, eu não tinha idade nem maturidade para ter uma criança, mas eu tive você.- continuo parada.
Ela me olha e sua voz agora sai embargada.
Márcia: eu fui até o Alemão para falar com o José, não tive coragem de subir, não sabia se ele sentia o mesmo que eu, não sabia se ele aceitaria numa boa.- suspira.- o Mauro era meu melhor amigo, quando contei para ele e disse que não iria contar ao José ele me insetivou, mas disse que o que eu decidisse ele me apoiaria, tanto ele quanto sua tia Lê.- desço as escadas devagar atenta ao que ela diz.
Meus olhos tem lágrimas e minha garganta arde prendendo o choro.
Márcia: o Mauro te criou, mas nós nunca tivemos nada além de amizade.- tô surpresa.- ele era meu melhor amigo, nunca nos relacionamos só morávamos juntos para você ter uma família estável.- lembro o quanto nossa família era perfeita, meus pais não brigavam, estamos sempre rindo e felizes, até ele adoecer.
Naná: Mas por que?- encaro ela sentando no primeiro degrau.
Márcia: por que eu te amava, e queria que tivesse uma vida perfeita, por que eu queria que você vivesse bem, seu pai era 5 anos mais velho, seus avós me matariam se descobrisse, mas com o Mauro levaram como um erro adolescente.
Naná: então vocês viviam numa boa com isso?- ela concorda.
Márcia: não é como se eu me arrependesse de ter deixado que o José não te visse crescer e vê você virar essa mulher incrível, mas eu não me arrependo de ter escolhido dessa forma.
Naná: mas nem eu nem o Coroa mereciamos isso, descobrir assim.- ela assente.
Márcia: eu sinto muito por isso.- ela se aproxima.- me perdoa por isso.- eu assinto, é a minha mãe, e talvez quando eu for mãe eu entenda o lado dela de por a minha vida na frente de tudo, nós nunca brigamos.
Naná: mas eu ainda estou magoada com isso.- não é como se fosse apagar o que ela fez.
Ela me abraça e a gente se recorda de que tem gente na sala com a gente.
A tarde por aqui foi agitada, todos ficaram até a noite, lanchamos e jantamos juntos.
Agora estou aqui discutindo com o Sansão, o cara encucou que eu não posso trabalhar essa semana.
Sansão: só descansa essa semana.- reviro os olhos
Naná: não estou cansada.- suspiro.
Sansão: por favor as meninas dão conta da loja, só fica aqui comigo, a gente faz algo legal, tira essa semana para descansar.
Naná: ok, cara, mas vai ter que me levar para algum lugar legal mesmo.- ele assente.
Estamos deitados na cama, vendo um filme e comendo besteiras, o Sansão me trás uma paz gostosa, mesmo sendo desse mundo tão conturbado.
SANSÃO
Acaricio os cabelos dela, sentindo sua respiração leve, ela já dormiu, o dia hoje foi calmo eu precisava passar isso para ela.
Ajeito ela na cama e me levanto vestindo um short preto e uma camisa, cubro ela com o cobertor e desligo a tv.
Saio de casa mandando que vigiem a casa.
Subo na moto e desço indo para a boca.
Entro na salinha e vejo o corpo do Luan amarrado, ele está desacordado.
Sansão: liga a mangueira.- o vapor assente.
A água começa a sair e eu miro no meio da cara dele, fazendo com que ele acorde assustado.
Sansão: eai filho da puta.- sorrio de lado.- gostando da estadia?- ele tenta falar mas está com um fita na boca, me próximo e arranco de uma vez.
Luan: eu vou te matar.- rosna e eu do risada.
Sansão: você nem sai daqui vivo, quem dirá me matar.
Luan: eu deveria ter matado ela.- pego a faca enfio no buraco onde tem um projétil.
Sansão: não fala dela.- rosto perto do seu rosto e ele cospe- limpo com a manga da camisa e do um soco em seu rosto.
Depois de descontar todo o meu ódio nele, resolvo acabar com isso.
Sansão: te vejo no inferno.- atiro no meio de sua testa.
Saio da sala e vou descendo o morro, ouço me chamarem e é Manuela.
Para o moto e encaro ela.
Manuela: oi Sansão.- passa a mão no meu braço.
Sansão: eai.- respondo simples.
Manuela: tô com saudades de você.- se aproxima.- não me procura mais.- alisa minha nuca. E não vou negar não, tô galudão, mas não minha morena, mas não quero força a barra com ela.
Sansão: tô de boa.- tiro sua mão da minha nuca.
Manuela: vamos lá pro meu barraco.
Sansão: tô de boa.- falo ríspido.
Manuela: é aquela gorda? É por isso que não tá me procurando, por causa daquela gorda?- ouvir ela falando assim naná me fez subir um ódio e por impulso minha mão vai até seu maxilar segurando forte sua Buchecha.
Sansão: não fala dela, não pensa nela, nem chegue perto dela, ou as coisas vão ficar feia pro seu lado.- ela se debate o que faz aparecer uns arranhões no meu braço.
Manuela: tá me machucando.
Sansão: abre seu olho.- empurro ela para tras soltando sua cabeça o que faz ela quase cair.
Acelero a moto e entro em casa, subo as escadas e Naná ainda está na mesma posição, tomo um banho rápido para tirar o cheiro de sangue e deito ao lado dela.
Minha vida mudou bastante, nunca pensei que estaria nessa posição algum dia, que encontraria alguém que eu quisesse dormir de conxinha ou assistir um filme sem pensar em sexo.
A Ana é uma mulher foda, sei que tenho sonhos e vontades de construir família, ainda não me vejo assim, mas também não quero ficar longe dela.
Faço um carinho nos seus cabelos que estão esparramados pela minha cama.
O rosto amarrotado com um biquinho engraçado causado pelo colchão que está apertando suas Buchechas.
A mina é gata,fico olhando essa bunda para o alto com a calcinha totalmente encravada, meu pau salta e eu tenho que mudar de pensamento ou vou pro banheiro tocar um 5x1.
Fecho os olhos tentando mudar o rumo dos meus pensamentos até eu pegar no sono.
⭐⭐⭐⭐⭐
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PATROA
FanfictionAna Maria é uma mulher linda e forte, no auge dos seus 25 anos, dona de sua própria loja de roupa no centro do rio de janeiro. Sansão (Carlos ) Dono do Vidigal, um dos maiores traficantes do rio de janeiro.