SANSÃO
São 5h da matina, fogos já foram lançados no céu, tiros são altos e frequentes.
Me levanto ouvindo meu rádio apitar sem parar, encaro a morena assustada em cima da cama.
Naná: Sansão?- ela me olha com medo, o que me causa uma péssima sensação.
Sansão: Morena, preciso trabalhar.- digo simples.
Naná: trabalhar? Tá rolando um tiroteio lá fora.-diz um pouco alterada.
Sansão: e eu sou o dono do morro, é meu trabalho cuidar disso e dos moradores.- ela me olha calada agora.- eu preciso que fique aqui e segura, ok?
Naná: Se cuida.- me dá um abraço apertado me fazendo sentir aquela mesma sensação de antes.
Em segundos estou do lado de fora da casa, aqui em cima ainda não tem ninguém, ajeito minha fuzil e chamo alguém no rádio.
Sansão: quem tá invadindo?
Jota: os Canas patrão.
Desço por mais um tempo e chego onde está concentrado os cu azul.
Meto bala nesses viados e meu bonde está no mesmo pique, a meta e botar esses porras para fora do morro.
Sinto uma queimação no ombro e vejo que tomei um tiro, as lembranças com meu filho e a morena vem na minha mente, mas uma ainda mais forte me pega.
Flashback 📸
Lobão: Você não pode ter alguém que tire o seu foco, seu foco é o morro, seu foco é ser o melhor, e com pontos fracos você não consegue ser o melhor.- diz frio.
Sansão: mas ela é minha irmã.- digo baixo e choroso.
Lobão: mas é um ponto fraco, os inimigos podem usá-la se vê que ela é seu ponto fraco. - ele me encara.- vamos treinar.- me leva para uma sala onde se é torturado os homens.
Flashback
Lembro que naquele dia ele levou a Camila para a sala e batia nela na minha frente, ela era pequena tinha apenas 2 aninhos e eu 8 anos, e ele só parava de machuca-la quando eu fazia a cara mais fria que eu conseguia com a situação.
Sim, ele machucava a própria filha para me manipular.
Meu pai tava certo, ela era meu ponto fraco, mas ela não deixava de ser quando eu demonstrava não ligar para ela enquanto ele batia nela, pelo contrário eu fiz tudo aquilo por ela.
Encaro um cana apontando a arma para o Doca miro nele e acerto bem na cabeça.
Olho direito o meu braço e está saindo pouco sangue, foi de raspão, os tiros estão diminuindo, ouço fogos anunciando que os canas meteram o pé.
Tiro a camisa que tapava meu rosto e enrolo ombro, sinto alguém me observar e procuro com o olhar mais não encontro ninguém.
Passo no postinho para fazer curativo no ombro e meu celular não para de tocar, é a morena.
Naná: alô, Carlos?- fala desesperada do outro lado da linha.
Sansão: oi morena.- do um sorriso quando ouço seu suspiro de alívio.
Naná: você está bem?- pergunta preocupada.
Sansão: pronto para outra.- implico.
Naná: para de graça, vai vir para casa? Ou vai para boca?- pergunta.
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PATROA
FanfictionAna Maria é uma mulher linda e forte, no auge dos seus 25 anos, dona de sua própria loja de roupa no centro do rio de janeiro. Sansão (Carlos ) Dono do Vidigal, um dos maiores traficantes do rio de janeiro.