CAPÍTULO 09

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SANSÃO

Encaro o pessoal em volta da mesa, a loira amiga da minha irmã, está aqui, a mas a morena não veio.

Hoje é quinta feira, na segunda ela não veio para o futebol também.

Jefin: Ué por que a Naná não veio de novo?- pergunta e eu levanto o olhar curioso.

Bella: ela foi sair com um amigo.- essa porra não deu idéia para o que eu disse.

Jefin: amigo? Tipo amigo, ou colorido?- encara ela.

Bella: se Deus quiser colorido, o cara é um gostoso.

O cara do apê dela? Ele nem é tão bonito assim.

Jefin: melhor que eu?- ele pergunta incrédulo.

Bella: Jefin, eu tô falando de gostoso.- o cara põe a mão no peito ofendido e geral rir, menos eu que tô focado no quão suicida é essa mulher.

Manuela: onde você vai?- todos me encaram.

Sansão: não te interessa.- falo estressado e vejo a Camila prender os lábios para não rir.

Camila: avisa que eu mandei um oi.- mando um dedo feio para ela.

Pego o capacete com um menor da barreira e saio em disparada para o apartamento dela.

Seu luiz: oi seu magno.- sorrir pra mim.

Sansão: oi seu Luiz a Naná está?- ele nega.

Seu luiz: saiu faz tempo.- diz simples.

Sansão: pode liberar minha entrada? posso esperar ela no apê dela.- ele me encara indeciso.- pode confiar, vou só aguardar ela.- ele assente pegando a nota de cem na minha mão.

ANA MARIA

Luan: você esta muito bonita.- faz carinho na minha mão por cima da mesa. É a segunda vez em que a gente sai, gostei de sair com ele, ele é bem fofo.

Naná: obrigada.- respondo sem graça pelo elogio.- já tá ficando tarde preciso ir, amanhã trabalho cedo.- digo encarando o relógio e vendo que já pass das 23h.

Luan: tudo bem, vamos indo.- sorrio e seguimos andando e conversando.

Naná: na verdade eu ganhei o espaço da loja de herança do meu pai quando ele faleceu.- ele me encara.- mas não diminui meu esforço para mantê-la.- ele assinte.

Luan: verdade, eu te acho uma mulher muito foda.- sorrio.- luta pelo que quer, independente.

Entramos no prédio e seguimos para o elevador.

Ele sai do elevador  no meu andar e me acompanha até minha porta.

Naná: obrigada pelo jantar.- sorrio.

Luan: eu que agradeço pela companhia.- sorrio de lado.- espero te encontrar mais vezes.- põe meu cabelo atrás da orelha.

Naná: vou indo.- ponho a mão na massaneta.

Luan: naná, me desculpa.- antes que eu pergunte por que ele me beija, demoro para retribuir, mas logo retribuo.

O beijo é gostoso, separamos pela falta de ar e ele se afasta.

Naná: tchau.- do um sorriso e entro dentro de casa.

Acendo a luz e meu sorriso vai morre do aos poucos quando vejo o Sansão sentado no meu sofá.

Sansão: achei que tínhamos conversado sobre ninguém tocar em você.- franzo o cenho.

Naná: você conversou isso sozinho, eu não sou sua mulher, nem qualquer uma que você simplesmente determinar se eu devo ou não ficar com outras pessoas.- ele me encara com o semblante rispido.

Sansão: o problema é sexo? Eu resolvo isso, só me chamar, não precisa da para outro.- ele tá se ouvindo.

Naná: o problema não é sexo, o problema é a pessoa, o esforço que ela faz de te enxergar tanto dentro quanto fora da cama, sua vida se resume a sexo? A minha não.- encaro ele depois a porta.- sai da minha casa, aliais ninguém deixou você entrar.

Sansão: está me expulsando?

Naná: óbvio, e não volte se sua intensão for me ofender.- digo rispida.

Ele me encara e nega antes de sair.

Cara otário, que ódio.

Procurar ele se eu quiser sexo, por que ninguém pode me tocar? Ele tem problema? Só pode.

[•••]

Cami: vamos, dorme lá em casa?- nego.

Naná: eu não quero vê seu irmão , de verdade.- ela faz beicinho.- hoje eu vou ficar em casa, sábado a gente pode ir em uma boate, ao invés do baile.- ela concorda.

Sigo meu caminho para minha casa.

Subo para o meu andar e me jogo no sofá.

Ouço a campainha e me arrasto para abrir a porta.

Olho o ser humano na minha frente e volto a fecha a porta, mas ele põe o pé me empedindo.

Sansão: vim em paz, trouxe até pizza e açaí.- encaro ele, se ele acha que vai me comprar trazendo comida, ele está completamente certo.

Faço sinal para ele entrar e ele sorrir de lado.

Reviro os olhos e peço a Deus paciência.

Pego copo na cozinha e me sento com ele no chão perto da mesinha de centro, ele põe a pizza e então começamos a comer.

Sansão: Mora aqui a muito tempo?- encaro ele.- só puxando assunto.-levanta as mãos em forma de rendimento.

Naná: desde os 18.- ele assente. E você saiu cedo da casa da sua mãe?- ele me encara.

Sansão: nunca morei com a dona Cátia, morava com meu pai.- lembro que a Cami disse que eles moravam separados.- e seus pais?

Naná: minha mãe mora no leme.- ele assente.- vejo ela pelo menos uma vez na semana.- e o Miguel? Você não parece ser muito apegado a ele.- ele vira para frente e fica quieto por um tempo.

Sansão: minha vida não é coisa legal para se amar, quanto mais amor eu demostrar, mas usam isso contra mim, se as pessoas perceberam que alguém é minha fraqueza usará isso para me atingir.

Naná: mas você sabe que o fato dele já ser seu filho ele já tem um gatilho apontado para ele né? Mesmo você não dando amor.- ele me encara.- eu acho que sua vida é bem perigosa, você pode morrer a qualquer momento, ou alguém ser usado para te derrubar, isso é um fato, no meu vê você só está sendo um cuzão com seu próprio filho, perdendo parte da infância dele e criando um criança com o psicológico abalado.- ele continua me olhando.

Sansão: meu pai dizia ao contrário.- ele fita a parede.

Naná: mas você não é o seu pai, você tem suas próprias escolhas, e o que me parece escolhas burras.- o olhar dele é tipo " essa menina é suicida".- você está ficando longe da sua mãe, da sua irmã e do seu filho, mas mesmo assim alguém pode usá-los.

Sansão: podemos mudar de assunto?- assinto.

Nana: hoje é sexta, não tinha nada melhor para fazer?

Sansão: não quer minha companhia?

Naná: não é que... deixa para lá.- me levanto e cato as coisas levando para a cozinha.

Lavo algumas coisas para não deixar desorganizado e volto para a sala.

Naná: se você tiver pensando que vamos transar por que você trouxe comida, tira seu cavalhinho da chuva.- ele me olha como se estivesse ofendido.

Sansão: vim só lanchar com você, só isso.- assinto.

Naná: Vai ficar para dormir?- ele nega.

O filme acabou e ele se foi, agora estou deitada na minha cama, come meu pijama tentando entender o que rolou hoje.

⭐⭐⭐⭐⭐⭐

PATROAOnde histórias criam vida. Descubra agora