Capítulo 13

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Domingos Monteiro

—— Solta-me! —— Luto tentando me livrar do abraço desse homem que só causa causa ódio e graças a Deus o Aaron me ajudou.



—— Você está bem? —— Perguntou me segurando os meus braços e assenti.



—— O que pensa que está fazendo com a minha mulher, valentão? —— Respiro fundo fingindo não ter escutado essa barbárie da boca dele.






—— Pela milésima vez  Ângelo eu sou um homem. Porque você está aqui mesmo? —— Aaron rodeou a minha cintura ainda olhando para o meu ex-noivo.





—— Voltei do exterior ontem e vi o seu carro quando ia ao mercado por isso decidi vim te ver. Esse é o seu novo homem? Agora faz sentido de onde vem a sua riqueza —— Aaron ia partindo para cima dele mas o impedi.




—— Me ver? Você me deixou plantado no altar e anos depois você aparece na minha casa dizendo querer me ver, você deve ser louco —— Os seus olhos âmbar me encaram. Esse desgraçado já foi a coisa mais importante na minha vida e eu cheguei a não falar com os meus pais por causa dele felizmente a vida me mostrou quem ele realmente era.








—— O que você faz aqui? —— Escuto o meu pai perguntar e mal me apercebi que estava chorando, porque ele teve que voltar depois de tanto tempo?







—— Saí da minha casa e nunca mais volte aqui ou eu arrebento a sua cara —— Ameaçou o meu pai.






—— A nossa conversa ainda não terminou e você sabe que eu nunca desisto até ter aquilo que eu quero —— Disse saindo e eu desabei.







—— Porque isso está acontecendo comigo? —— Aaron me envolveu num abraço.






—— Não chore por homem nenhum, essas lágrimas são preciosas demais para serem derramadas por um homem daqueles —— Ele disse limpando o meu rosto.



Eu sei que ele me trata bem por causa do trabalho e mesmo sabendo disso o meu coração bate como louco sempre que escuto a sua voz grossa, o toque das suas mãos ásperas na minha pele, o calor da sua pele mas porque a minha cabeça grita para eu não me sentir assim e o meu coração diz o contrário.







—— Vem, fiz um chá para acalmar-te —— Minha mãe disse e eu a segui até a sala.








—— Onde está o James? —— Aaron perguntou após não o ver na sala.









—— A Val levou ele para o lago na pedreira —— Meu pai disse com um sorriso maroto.






—— Esse lugar é longe daqui? —— Disse erguendo a sua grande altura.






—— Não é longe. Confie na minha filha, ele está a salvo com ela —— A minha mãe disse fazendo Aaron sentar-se novamente. Porque ele não confia em ninguém?








—— Eu fiz o pequeno almoço para ti, serve-te a vontade —— Digo indo para fora de casa, eu precisava relaxar e sozinho.





Assim que saio sou surpreendido por uma pequena menina.







—— Gina! —— Alguém gritou chamando por ela e eu vi o Ramos desesperado vindo até ela.








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