Capítulo 17

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Aaron Müller

Nunca pensei que voltaria a sentir essa sensação. O meu todo está pesado, sinto dores no meu ombro e barriga sem falar na minha cabeça que está me matando mas isso parace não me importar pois estou sorrindo como louco quando me acordei e encontrei o Domingos dormindo tranquilo nos meus braços.




—— Você está me sufocando! —— Pela sua voz eu sabia que ele esteve chorando e beijo o seu rosto. Pude ver a sua bochecha com uma mancha escura acho que é assim que a sua pele diz que foi machucado.




—— Quem fez isto? —— Sinto o meu sangue a ferver quando vi aquilo.



—— Não grita a minha cabeça está doendo —— Só agora me apercebi que ele ainda estava de olhos fechados e ofegante. A sua pele estava muito quente e arrepiada.





—— Merda —— Mesmo com dor levanto da cama e o cubro antes de sair do quarto e James até mim assim que cheguei a sala de estar.


—— Eles não te magoaram, te magoaram? —— Balançou a cabeça e apenas o abracei aliviado por ele e o Domingos estarem a salvo.


—— Podes conseguir uma toalha e água morna para mim? —— Peço para ele e sem perguntas fez o que pedi.


—— Val, preciso de um favor —— Falei ao sentir a sua presença atrás de mim.


—— Você parece bem para quem levou uma dose tripla de calmante e foi baleado —— Falou séria.






—— Sou osso duro de roer —— Respondi igualmente sério e eu vou caçar aquele filho da puta nem que seja a última coisa que eu faça.



—— Fala logo que eu não tenho o dia todo —— Respondeu cruzando os braços.


—— Podes ir a farmácia e comprar medicamentos para febre e uma pílula do dia seguinte para mim —— Murmurei apenas para ela ouvir.


—— Você comeu o meu irmão! Gajo rápido —— Disse ela com a mão no queixo e sorriu marota para mim.

—— Então, acho que não te importas se eu disser que o seu irmão e eu … —— No mesmo instante aparece James com a água.



—— Depois conversamos —— Digo tentando ao máximo não partir para cima daquela safada mas acho que ela fez isso para me provocar.





Quando voltei para o quarto encontrei Domingos encolhido nos lençóis e exprimo a toalha para começar a limpar o seu braço.

—— Não toque em mim, você é igual aos outros, só quer o meu corpo —— Disse quase num sussurro e aquelas palavras me atingiram mas preferi não comentar nada por hora mas iria conversar com ele assim que estivesse melhor.




—— Deixa eu cuidar de ti depois nós conversamos sobre isso, pode ser? —— Tento ser mais manso que consigo para que ele não se mexa muito.



Depois de limpá-lo ouvi alguém batendo na porta.

—— Eu trouxe analgésicos para dor também —— Disse Val assim que abro a porta e espreitou atrás de mim e viu o irmão dormindo.



—— Obrigado. Ele deve estar bom ao fim do dia —— Digo recebendo o saco plástico.


—— Eu sei que você deixou claro que quer algo sério com o meu irmão mas acho que vocês estão indo rápido demais, não quero ele sofrendo por causa de macho —— Falou me dando o plástico.








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