RECLUSO

Capítulo 39🔞

Domingos Monteiro

—— Isso é difícil, como você consegue, awanhaka? —— Sinto um calor se espalhar pelo meu rosto, como eu pode disse isso? Deve ser influência da minha mãe —— É bastante fácil só exige prática. O que significa essa palavra? Eu nunca te ouvi falando emacua até pensava que não sabias —— Exclamou surpreso e eu não teria coragem de traduzir o que acabei de o chamar pelo não agora.

—— Nada importante, Aaron. —— Ele olhou para as mãos que ficaram vermelhas por eu apertar o metal com muita força —— Essas mãos não foram feitas para tirar vidas mas é a única forma que posso ajudar, nem sempre estarei lá para te proteger —— Beijo a palma das minhas mãos e me senti mal por ele estar suportando todo o peso por mim, as vezes me sinto um peso morto.

—— Eu sinto muito, eu só quero o melhor pra ti —— Balanço a cabeça freneticamente quando ouço aquelas palavras da sua boca —— Percebo como te sentes e não precisas te desculpar, eu acho que faria a mesma coisa se estivesse no teu lugar —— Já estava escurecendo e senti o vento frio batendo contra as minhas coxas nuas, o frio enviou uma faísca gostosa por mim e sentir a respiração pesada do meu namorado não estava ajudando.

—— Vamos voltar está escurecendo —— Digo indo as pressas à tenda mas o Aaron não disse uma palavra e mesmo confuso me seguiu de volta a tenda —— Agora vai me dizer o que significa. ——  Desdenha tirando a camisa, os meus olhos navegam pelas suas costas tonificadas e os músculos fortes contraindo, sinto a minha roupa interior ficando molhada, céus o que está acontecendo comigo? Ele vai pensar que sou uma vadia. Ele foi deitar-se de costas e ficou me esperando para me juntar a ele.

—— Amor? —— Posso notar a confusão na sua voz quando eu comecei a tirar a roupa e fui sentar no seu colo —— Eu quero fazer sexo —— Disse com toda a coragem que eu tinha, eu morreria de vergonha depois mas eu preciso. Posso sentir os seus olhos presos à mim e não vou me fazer muita cerimônia porque eu quero fundo e duro dentro de mim.

—— Não comece algo que não vai terminar —— Disse quando rebolei sob o seu membro, mordeu o lábio inferior. Levo a minha mão até o meu mamilo esquerdo e a outra desço até a minha intimidade encharcada começando a me estimular. O meu corpo parecia estar pegando fogo, o meu coração acelerado, de repente sinto dificuldades para engolir a minha saliva e desejoso por chupar aquela boca rosada. As suas mãos ásperas e pesadas apertaram o meu quadril e o desejo contido nos seus olhos me fez sentir cada vez mais quente e ofegante como se tivesse corrido uma maratona.

O verde nos seus olhos foi desaparecendo à medida que as suas mãos subiam pela minha cintura e senti um orgulho enorme em saber que o estava afectando tanto quanto ele me afecta. Eu sentia como se o ar tivesse pouco entrando nos meus pulmões, a minha pele esquentando.

Extremeci quando ele aumentou o aperto nas minhas coxas, nem havia percebido que as suas mãos haviam voltado para o meu quadril até senti-las e esfregou o seu membro excitado ainda coberto pelo tecido branco, aquilo me fez sentir vazio e deixou o meu interior coçando para ser preenchido mesmo com os meus dedos dentro de mim.

—— Eu quero —— Choraminguei insatisfeito. O Aaron ergueu o dorso parando bem perto ao ponto de eu sentir o seu hálito quente e pela respiração ofegante, não estava diferente de mim. Não consigo me decidir entre os olhos verdes que mostram o seu desejo por e os lábios cor de pêssego —— Foram as suas palavras, amor —— Disse tomando a minha boca num beijo bem bruto, a sua língua quente estava a me enlouquecer de tão habilidosa que era. Mordo o seu lábio inferior tentando conter o gemido alto quando o seu dedo grosso entrou em mim.

—— Eu quero o seu… não… dedos —— Digo após o beijo, os meus lábios estavam latejando por causa da acção recente mas eu quero mais e não me importava com mais nada no momento, só queria fazer amor com o meu homem —— Pede —— Sussurrou mordendo o lóbulo da minha orelha, a sua mão livre foi até o meu mamilo inchado e esfregou a ponta, aquilo arrepiou a minha pele inteira e a minha entrada ficou mais húmida facilitando os seus dedos de entrar em mim.

Não hesitei, me afastei dele e fiquei de joelhos entre as suas pernas abertas. Ele tinha uma cueca branca deixando o resto do corpo a vista, a sua barriga trincanda até a linha V onde podia ver os pêlos amaparados, aquilo fez-me babar. Ainda olhando nos meus olhos, ele lambeu os dedos que estavam dentro de mim, os lábios vermelhos curvaram-se num sorriso matreiro ao me ver tirando a cueca.

Lambo a glande inchada antes de envolver todo o comprimento, aquilo era muito bom, eu amo fazer oral mas a vergonha não me permite fazer com tanta frequência mesmo gostando  —— Fuck! Continua! —— Grunhiu com a respiração ofegante, podia senti-lo pulsando na minha boca, vou lambendo da base até a ponta e depois o coloco na minha boca.

—— Isso é tortura —— Ele disse me deixando no colchão e ergueu as minhas pernas expondo o meu lugar íntimo, as suas bochechas, nariz e boca estavam vermelhas. Antes que eu respondesse senti-o entrando em mim, doeu um pouco mas era uma dor mesclada ao prazer, apertava os lençóis assim que ele ficou totalmente dentro de mim —— Delícia… gostoso… Só meu —— Inclinou-se para iniciar um beijo. Rodeio os seus ombros para aproveitar o beijo.

Amo tanto esse homem que apenas um simples toque seu me derreto todo e esqueço de tudo que vem me atormentando desde o meu encontro com o pai do Aaron e pensar que esta será a última vez que estarei com apenas me fez sentir uma dor no peito mas vou aproveitar cada segundo dessa noite.

—— Acho que peguei pesado —— Disse Aaron massageando as minhas costas que estavam me matando, porque fui inventar de provocar essa fera? Enfim, pelo menos foi bom e satisfatório para ambos —— As vezes esqueço da minha idade, não é culpa sua, awanhaka —— O Aaron parou os seus movimentos e se aproximou do meu rosto —— Você falou de novo —— Fujo dos seus olhos curiosos.

—— Não é nada importante, eu já disse, Aaron —— Suspiro aliviado quando ele voltou para as minhas costas e não perguntou mais nada, deve ser influência da minha mãe, eu já o chamei de marido duas vezes hoje mas é claro que não vou dizer isso para ele —— Como eram os seus pais? —— Pergunto querendo mudar de assunto.

—— Eu não lembro de muita coisa, tudo que eu sei já contei para você —— Disse sério e ali apenas confirmei o que já sabia, algo aconteceu entre ele e o pai dele mas não quero obrigá-lo a falar —— O que você faria se descobrisse que o seu pai está vivo? —— Digo baixo na esperança de que ele não tivesse escutado, sento-me quando ele se afasta de mim.

—— Você teve contacto com o Hans? O que ele te contou? —— Perguntou segurando os meus ombros num aperto firme, os seus continham tanto medo, dor e resentimento que me questionei o que realmente havia acontecido entre eles, hesitei em responder —— Eu não posso perder mais ninguém para aquele monstro principalmente agora —— Lágrimas escorreram me deixando chocado, só o vi chorando uma vez. Abraço o seu corpo trémulo e ele desatou a chorar, os seus soluços partiram o meu coração em mil pedaços.