Eu te disse que não te mereço (Romance Gay)

3° Temporada - Capitulo 27

- Cecilia

- Cecília, o chefe tá te chamando na sala dele - um vapor me chamou, me fazendo tira a atenção do celular.

O encarei e fiz sinal de positivo com a cabeça.
Levantei e sai da sala da minha mãe, onde costumo fica quando ela não tá lá. Fui direito pra sala do meu padrinho, bati na porta e escutei ele mandar entra, então entrei.

- O senhor me chamou padrinho? - perguntei me sentando na frente da mesa do mesmo.

- Tenho uma proposta pra te fazer estrelinha - falou me olhando com um leve sorriso de lado.

- Já vem bomba - falei.

Ele riu.

- Tu tá ligada que desde que tu é pequena, eu deixava um dinheiro em uma conta pra você, pra quando crescer, fosse estudar ou fazer o que queira, sem viver nesse mundo da gente, tu sabe né - falou.

- Sim, quer que tem? - perguntei curiosa.

- O que você acha, de pega esse dinheiro e ir estudar no Canadá? Você tem muito a viver estrelinha, você não tá suja na polícia, você é inteligente, vai e estudar, se não quiser isso, seu lugar vai tá aqui, mas tenta viver uma vida que não seja igual a minha e da sua mãe - falou firme.

- Foi minhas mães que pediram pra você conversar comigo, no foi? - perguntei dando um leve suspiro.

- Sim, mas eu concordo com elas, acho que você deveria fazer isso de verdade Ceci - falei.

- Mas o resto de nós também, mas geral tá envolvido, porque o senhor veio só falar comigo? - perguntei séria.

- Já falei com a Gabi, ela vai assim que se forma, foi difícil já que o Fernando disse que não sai da favela por nada mas o mesmo fez ela aceita, porque ele quer que ela tenha um futuro, então ela vai, o Japa não pode, o David é investigado e já foi flagrado várias vezes, também você conhece meu filho, sabe que depois do susto que eu dei, ele não sai do meu lado por nada - ele deu de ombros, fiz sinal de positivo com a cabeça - Só faltava falar com você, vamos lá estrelinha, você sabe que ir estudar fora e o melhor pra você - falou.

Suspirei.

- Preciso de um tempo padrinho, não é fácil assim, minha família toda tá aqui - falei levantando.

- Tudo bem, pense o quanto dizer, só precisa me dizer o que quer, que vamos correr atrás pra que seja do jeito que a faça feliz - falou e sorriu pra mim.

Dei um leve sorriso de lado e fiz sinal de positivo com a cabeça.

Sai da boca e subi na minha moto, acelerei morro acima e fui pra o topo, onde tem uma pracinha que mal fica gente por lá e a vista é linda. Desci da moto, fui até um banquinho, sentei e fiquei admirando a vista da favela e do mar, que consigo ver daqui.

A favela sempre foi meu lar, cresce aqui, minhas melhores lembranças são aqui, junto com a minha família e amigos, eu conheço essa favela e essa cidade, como a palma da minha mão e eu amo essa sensação.

A favela é um lugar encantado, pelo contrário que as pessoas pensam, aqui tem muita felicidade, nos da boca cuidamos dos moradores daqui, as crianças brincam na rua sem medo, tentamos deixa os postinho de saúde sempre abastecidos, as escolas são sagradas, ninguém mexe com morador, as pessoas são felizes aqui, mesmo sendo tudo muito simples, eu amo isso e não acho que vá acha isso em outro lugar do mundo.