Capítulo 7

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- Nicolás

Todos ficaram estáticos vendo Noah sai quase correndo de casa, Kaio estava tentando não parece abalado, Guto estava sem jeito e Sara junto com PH estavam confusos.

- Porque ele ficou assim zé? - Sara perguntou confusa.

- Porque esse cara que vocês tão falando, é nosso pai - Kaio falou quase como um sussurro, parecia te vergonha de dizer aquilo.

- Vocês e o Noah são filhos do Monteiro - PH repetiu sério e meio incredulo e depois me encarou com reprovação - Nós não sabiamos mano, foi mal ai - concluiu.

- Tudo bem, mas não entendo como até vocês conhecem nossa pai, melhor que nós - Kaio falou se jogando no sofá e bebeu a cerveja que estava na sua mão.

Todos ficaram em silêncio, não sabiam o que fala pra ele e também não podiam fala porque sabiamos de tudo aqui, na verdade, Sara e Pedro não ligam de fala, mas eu pedi que não contasse.

Levantei e eles me encararam.

- Vou atrás do Noah, daqui a pouco o sol vai se pôr, não vai ser bom ele sozinho por ai - falei sério.

Kaio me encarou.

- Obrigado - falou.

Fiz sinal de positivo com a cabeça e Sara juntamente com Pedro me encararam, como se falasse que iamos conversar depois.
Virei as costas e sai andando, passei pela porta e sai depois pelo portão, olhei pra um lado e pra o outro e tão vi Noah sentando no meio fio, com a cabeça encostada na traseira do carro deles, chorando.

- Sabe que estava sentado no meio fio da favela né, o esgoto passa ai as vezes - ele olhou na minha direção - Suas roupinhas de ricos e sua imunidade de riquinho, são muito não me toque pra fica ai - falei com um sorrisinho de lado me aproximando dele.

Ele sorriu fraco de lado.

- Essa foi péssima Nicolás - dei de ombros - Mas não to pra provocações ou brincadeiras agora - falou limpando as lagrimas mas elas continuavam a escorrer.

- To ligado, mas não consigo fica sem provoca, é instinto natural meu - ele riu fraco - Quer sai daqui playba? - perguntei, porque eu to sendo legal com ele?

- Você ta tentando ser legal comigo? - ele perguntou me encarando com diversão ainda tentando para de chora.

- Não - ele riu, bufei - Quer ou não seu mimadinho chato? - perguntei já perdendo a paciência.

- Pode ser - falou meio desaminado.

- Então levanta dai playba - faleu e peguei as chaves do meu carro no bolso.

- Calma rabugento - falou levantando.

- Olha, eu posso ser rabugento, mas sou gostoso - falei abrindo meu carro.

Ele riu.

- Não sei se você é mais convencido ou mais iludido - falou e entrou no banco do passageiro.

- Eu sou realista, muito na verdade - falei entrando e liguei o carro.

- Ok, certo, você é convencido - falou com um sorriso de lado.

Eu te disse que não te mereço (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora