Não houve mais evidências como desejava Greg, e felizmente mais nenhuma morte, deixando cada vez mais certo para Sherlock que se tratava realmente de uma aventura com um desfecho inesperado e fatal. O inspetor teve que se contentar em arquivar o caso como sendo um suicídio involuntário.
Conforme prometera um ano antes à Molly que os amigos poderiam participar da comemoração de seu próximo aniversário, Audrey esperava ansiosa pelo final do mês de julho. Depois de conversarem a respeito, os quatro haviam se decidido por um jantar, pois ela ainda não se considerava pronta para uma festa como as de Rosie.
A dúvida era se contariam ou não com a participação da menina, mas quando John recebeu o pedido da mãe de Alice para que a filha passasse a noite na casa da amiga, ele não só autorizou como ficou feliz por ela estar saindo para se divertir também.
— O único inconveniente é que se a Rosie sentir saudade de casa, vocês vão precisar terminar o jantar sem mim — expôs ele quando comunicou sobre o convite possibilitando escolher o dia em fariam a reserva.
— Do jeito que a pequena está animada com a ideia? — retrucou Audrey. — Acho que difícil vai ser trazer ela de volta.
O comentário provocou risadas nos amigos.
No dia 27 de julho, data marcada e com reserva para quatro pessoas no restaurante Aqua Shard que funcionava em um arranha-céu com mais de 310m de altura, o grupo combinou de se encontrar no 221B e saírem juntos de lá.
Molly chegou no meio da tarde de sábado, já pronta para o jantar usando um conjunto de saia justa um pouco acima do joelho e camisa de seda, ambas de cor clara e com detalhes em fios dourados por baixo de um trench coat bege, ansiosa para entregar o presente que havia comprado para a amiga.
Audrey amou a caixa organizadora forrada com veludo bege por dentro e outro de tom de azul tão escuro pelo lado de fora que parecia ser preto. Esse revestimento ganhava vida com as flores amarelas e vermelhas com detalhes em variações de verde e lilás bordados sobre ele.
Na parte de cima, o estojo possuía uma alça prática removível e por dentro além de um espelho por baixo da tampa, um nível e mais duas gavetinhas com divisórias perfeitos para guardar não apenas suas joias como seus itens de maquiagem.
A mulher agradeceu várias vezes pelo presente antes de deixar o casal a sós para ir tomar banho e se arrumar. Faltava pouco para a hora que haviam combinado de sair quando ela voltou ao piso principal do apartamento para esperar, junto com o casal, por John que precisava levar Rosie para a casa de Alice antes de encontrar com eles.
— Ainda não acredito que deixei vocês seguirem adiante com essa ideia — comentou ela encostada no tampo da mesa que havia no meio da sala.
— Não se preocupe, — lembrou Sherlock cruzando os braços sobre o peito. — Escolhi um restaurante bem tranquilo e reservado. Também não sou muito fã desse tipo de coisa. Mas..., o que a gente não faz pelos amigos?
Molly, sentada do lado direito do namorado no sofá maior, riu enquanto balançava a cabeça em negativa com o discurso dele como se sair para jantar com um grupo tão pequeno fosse realmente desafiador. Logo ele, que encarava aventuras potencialmente letais. Para Sherlock essas eram as divertidas.
— Não sei se um dia serei capaz de retribuir tudo o que vocês fazem por mim — Audrey sorriu para os dois.
— Você é uma boa amiga — afirmou Molly colocando ênfase no que dizia.
A mulher tentou pensar no que dizer em resposta, mas foi tomada de súbito por uma dor de cabeça muito forte. Até mesmo continuar de pé parecia difícil, então Audrey precisou puxar uma das cadeiras próximas da mesinha e se sentar. Sem conseguir lidar com a claridade do cômodo, ela cobriu o rosto com as mãos e abaixou a cabeça.
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YOLO - Só se vive uma vez
Hayran KurguDr. Watson disse certa vez que normal e bem são termos relativos quando se trata dos Holmes, e o mesmo parece valer para quem frequenta o 221B da Rua Baker. Rosie iniciou a vida escolar, ainda contando com sua babá, Audrey, que conseguiu um lugar pe...