Capítulo 41 - Que o inferno se incendeie

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Devil


As últimas horas da festa chegam ao final, e eu me reclino no meu trono enquanto os demônios vão se retirando do salão.

Alguns dão uma última olhada nos três Sewns ajoelhados em frente aos degraus, que agonizam de dor conforme seus corpos são incendiados eternamente e seus braços e pernas quebrados e montados outra vez, somente para ser feito novamente.

Infelizmente, para mim, e felizmente, para eles, suas mortes estão próximas.

Acredito que todos tenham aprendido a lição de que eu sou a porra do diabo, nenhum demônio pode desobedecer às minhas ordens.

Não vejo mais Louise atrás dos arbustos. Provavelmente já se retirou até seu quarto.

Não imaginava que esses malditos Sewns a levariam. Havia deixado claro que nenhum deles tinham a permissão de tocá-la. Por isso a deixei naquela sala sozinha. Nunca achei que eles teriam a coragem.

Mas então eu senti.

Foi como um puxão no peito, me dizendo que havia algo de errado, que algo estava acontecendo embaixo do meu nariz. E esse puxão estava certo. Se eles tivessem a ferido... Não sobraria um maldito demônio a salvo nesse inferno.

Estudo o salão mais uma vez. Só há mais alguns demônios, talvez esperando a última etapa dessa tortura magnífica.

E eu o faço.

Me ergo do meu trono, tendo um vislumbre de Alec recostado em uma das colunas do salão, e desço os degraus, assistindo os olhos colados dos Sewns implorando por um fim.

– Achavam mesmo que aquela vadia ia salvar vocês? – pergunto a eles, repuxando os lábios. – Scarlett não vai salvar nem a si mesma depois que eu a encontrar, quanto mais a demônios inferiores como vocês. A espécie mais baixa, suja do inferno.

Sorrindo ardilosamente, retiro a Hell Blade do meu terno. Os demônios estremecem ao notar a lâmina, mas não conseguem sequer se mover enquanto eu a ergo e aprofundo nos seus olhos.

Um a um, eles grunhem alto à medida que sua essência vai sumindo e seus corpos virando pó.

– Não haja como se isso não fosse diversão para você, A – ouço a voz de Alec nos meus ouvidos, e ergo o rosto, vendo o seu coberto por divertimento.

Sorrio.

– Ah, com certeza isso é diversão para mim. – Limpo a lâmina com um lenço, retirando os resquícios de sangue de demônio, agora mais sério. – Mas eles poderiam ter machucado Louise. E isso não está em cogitação nem por um segundo.

– Eu sei disso.

– Onde está Ravena e Zion?

Ele dá de ombros.

– Zion voltou para os Portões, Ravena deve estar afiando suas lâminas antes de dormir.

Quase rio.

– E Louise? – Alec pergunta, antes que eu consiga dizer algo.

Desvio os olhos para o trono, recordando de quando ela estava sentada no meu colo. Meu pau pode explicar exatamente o que eu estava sentindo naquele momento. Eu me descontrolei. Tudo bem que eu costumo explodir facilmente, mas os pensamentos de Louise estavam me deixando louco.

Eu a foderia na porra daquele trono, ou a levaria para uma sala mais próxima para isso.

Para todos os efeitos, escolhi a segunda opção. Porque, como eu disse a ela, sou ciumento com minhas propriedades. Se algum daqueles demônios escutassem os gemidos que seriam para mim, eu explodiria esse maldito inferno com todos eles juntos.

Burning In Hell: A Garota e o Diabo (Livro I)Onde histórias criam vida. Descubra agora