54. Flores em vida

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No dia seguinte acordei tarde, consequência de ter adormecido quase de manhã. E hoje seria o dia em que a Bruna prepararia a surpresa pra Mel. O dia se passou correndo e passei o dia no quarto, minha mãe me levou comida porque se não nem descia para me alimentar. Eram 22h quando arrumei tudo no carro e ás 23h saí de casa com Bruna. A levei na casa da Mel e esperei por ela no carro. Ainda tinha a chaves de sua casa, e se ela não me pediu não foi porque se esqueceu, foi porque acreditava que eu ainda a pudesse ir lá vê-la e quem sabe proteger. Apenas pedia para que ela estivesse dormindo. Uma meia hora depois minha irmã entrou no carro com uma cara nada boa. 



Luan: Que foi Pi? Deu errado? 


Bruna: Não. Deixei tudo como você me pediu, mas o estado que ela estava era de ter dó. - falava com pena na voz. 


Luan: Ela estava dormindo? 


Bruna: Estava, abraçada num travesseiro, talvez o que era seu. E ela não foi trabalhar hoje, não tinha nada de papéis ou de notebook no quarto nem em lado nenhum. E a cozinha estava arrumada sem sinais de que ela cozinhou. - cada detalhe que Bruna me contava apertava mais meu coração, ela estava sofrendo imenso por isso, mas foi ela que quis assim e isso me confundia ainda mais. 


Luan: Pi? - quebrei o silêncio após algum tempo na estrada - Faz um favor pra mim? - A olhei e ela assentiu - Vem ver ela sempre que der? E chama ela pra ir lá em casa também, por favor. Só não me deixa sem notícias.


Bruna: Fica descansado, eu vou fazer isso. Até porque estou curiosa pra saber porque ela fez isso. - Bruna quando queria era mais teimosa do que eu e se ela conseguisse arrancar algo da Mel eu lhe agradeceria eternamente. 



Quando entrei no meu quarto estava tão ansioso pra saber como a Mel reagiria que demorei pra pegar no sono. 




Mel on : 


Mais um dia que passou e eu na cama, sem comer e só chorando. Mas hoje voltaria pra realidade, já faltei dois dias no escritório e hoje tenho reunião com as pessoas que irão trabalhar com a gente. Me levantei como qualquer dia e depois de fazer minha higiene e de me arrumar reparei algo de diferente em meu quarto. Um ramo de gerberas repousava sobre o cadeirão. Me perguntei quem o teria colocado ali, e a resposta foi clara, Luan. Talvez ele tivesse trazido no dia em que chegou e eu nem reparei nelas estes dias. Saí com intenção de ir na cozinha buscar um jarro com água mas quando cheguei na sala me deparei com o cómodo decorado por mais ramos da mesma flor. Me perguntei onde mais teria e quando cheguei na cozinha tive a resposta. Provavelmente no banheiro também tinha e eu nem reparei, peguei no jarro e levei no quarto colocando apenas aquele na água. Fui tirar a dúvida e no banheiro também tinha um ramo. Me peguei sorrindo da ideia de Luan, eu amei e essa situação acalmou o meu coração que pensava que ele estaria zangado comigo. Fui para o escritório e quando a reunião terminou bateram na porta.



Mel: Entre. 


X: Licença, tem aqui uma coisa pra senhorita. - um rapaz de cabelos pretos e com uma t-shirt de uma floricultura entrou com metade do seu corpo na sala. 

"A minha exceção..."Onde histórias criam vida. Descubra agora