31. Brigas por nada

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Luan: Bruna, eu ouvi errado né? - a olhava nervoso fechando a porta e ela olhou para o chão.


Mel: Amor tem calma. - tentei apaziguar. 


Luan: Não se mete Mel. - What? Ok, eu não me meto, depois não venhas pedir desculpa. - Bruna como você se entregou assim? - perguntava ainda em pé encarando Bruna que já chorava. 


Bruna: Aconteceu Luan, como aconteceu com a Mel. - se justificava e Luan continuava sério.


Luan: Eu não acredito nisso. Vocês se protegeram ao menos?


Bruna: Claro. - falou baixo. - Eu não pedi para acontecer Pi, você me conhece e sabe que não faço nada sem pensar bem antes e você acreditando ou não, eu me sentia mais que preparada para isso. Eu amo o Rafael e você sabe o quanto a gente já sofreu, você sabe Pi. - soluçava de chorar. - Não briga comigo por favor.


Mel: Bruna pára de chorar. O seu irmão tem de entender que você já não é mais uma menina e que cresceu. - me intrometi mesmo que Luan me tivesse mandado ficar fora - Ele não vai brigar com você. - olhei-o e ele estava com uma expressão estranha me encarando - Sabe porquê? - Ela me olhou - Porque você se entregou para o Rafael da mesma forma que eu me entreguei para ele. Eu também estava mais que preparada porque ele era o certo, é ele que desvenda tudo em mim e o fato de me sentir amada de verdade me fez me entregar assim. Por isso ele não tem de brigar com você por nada, porque da mesma forma que ele se sentiu honrado comigo, o Rafael se sentiu com você. - Bruna me abraçou e Luan olhava para o chão suspirando fundo. 


Bruna. Obrigado Mel, obrigado mesmo. 


Luan: Bruna eu ainda não acabei. - se ajoelhou na frente de Bruna. - Eu preferia ficar sem saber mesmo. Mas você deixou a porta encostada e foi inevitável não ouvir. Imagina se fosse os pais? Mas voltando ao que importa. Você não está arrependida de ter sido assim tão cedo? - falava sério e firme. 


Bruna: Não, eu estou feliz Luan. Eu amo demais o Rafael. 


Luan: Eu vou ser um idiota se brigar contigo né? - ela assentiu e deu uma risada fraca - Eu perdi tanto da sua vida. - apertou a mão de Bruna - Quando você nasceu foi dos dias mais felizes da minha vida, saber que teria uma bonequinha pra cuidar, pra brincar, pra irritar  - riram e eu observava-os - A gente era parceiro em tudo. Mas aí eu corri atrás do meu sonho e fiquei sem acompanhar você, e na minha cabeça você ainda é a minha menininha. Por isso tenho um ciúme doido por você, eu só te quero proteger e te cuidar. - acariciou o rosto da irmã e nessa hora eu já chorava emocionada. - Acho que tenho de perceber que você cresceu e que é uma mulher linda que me orgulha demais.


Bruna: Quem me orgulha é você, não pense que fico desiludida por ter passado a minha adolescência longe de ti, porque se não fosse esse sacrifício, hoje você não era o menino que é, e que eu tenho o maior orgulho de dizer que é o meu irmão e meu ídolo. - abraçou-o forte e Luan sorriu doce. 


Luan: Bubu, mas agora não pensa em fazer mais isso tá? - falou manhoso e ela riu. - E se tiver alguma dúvida fala com a Mel ou com a mamusca.


Bruna: Mas ela não é muito mais experiente que eu Pi. - rimos. 


"A minha exceção..."Onde histórias criam vida. Descubra agora