64. Curiosidade

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Luan On:


Saí do quarto com imensa raiva de Melissa. Aquele negócio de que um dia entenderia, que um dia a gente ia ficar junto, que eu ia entender o porque da separação me preocupava cada vez mais e me deixava mais curioso ainda. E aquela mensagem pra mim tinha coisa. Mas eu ia descobrir já que ela prefere omitir. Desci e o pessoal estava me esperando sentados na grama perto da piscina. Me sentei num banquinho enquanto me servia de cachaça.



Lúcia: Meu neto está tudo bem com a Melissa? – me perguntou preocupada.


Luan: Está vó, ela preferiu descansar um pouco. – dei um sorriso pequeno e dedilhei algumas notas.


Tinha cantado várias já e nada da Mel aparecer. Tive a ideia de cantar algumas que ela gostava.


Luan: Bruna? – chamei-a enquanto a galera se servia com a bebida. – Vai no quarto ver a Mel por favor. – falei só pra que ela ouvisse.


Bruna: Tá bom, vou arrancar ela de lá. – sorriu e se foi. Comecei a cantar "Cadê aquela garota" e a luz do quarto se acendeu.



Continuei com "Incondicional" e "Tanto Faz". Pude notar uma sombra na beira da varanda e tinha a certeza que era ela. Bruna desceu sozinha e parei o que fazia pra conversar com ela.



Bruna: Não sei o que ela tem, mas ela não está bem.


Luan: Não está bem como?


Bruna: Ela estava pensativa e com os olhos vermelhos, de certeza que chorou. Quando você cantou as músicas ela se levantou pra ouvir melhor e reparei que estava bem abatida.


Luan: Obrigado Bruna, eu só vou cantar mais algumas e já subo. – ela assentiu e assim fiz. – Galera eu vou subir. Amanhã cedo levo vocês na cachoeira.


Bruna: Não precisa Pi, eu posso levar. Aproveita pra descansar. – disse piscando o olho e beijei sua testa em agradecimento.


Luan: Obrigado Bubuzinha.



Subi as escadas devagar pensando na forma para abordar Melissa. Quando abri a porta a luz estava apagada e ela dormia com o abajur ligado, apenas. Pousei o violão e depois de me trocar tive uma ideia. Eu iria tentar ver as mensagens da Mel. Ela tinha código e embora eu não soubesse, iria tentar os possíveis. O celular dela repousava na cabeceira. Tentei a data do meu aniversário, o dia do nosso namoro, que por incrível que pareça eu lembro, tentei outras combinações e não desbloqueava. Talvez ela tivesse algo na carteira com os códigos. Ia abrir a mala dela quando ouvi um barulho. Ela se mexia e parei o que fazia.



Mel: Luan? – Perguntou de olhos fechados.


Luan: Sim. – me aproximei da cama.


"A minha exceção..."Onde histórias criam vida. Descubra agora