145. Só sua!

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Luan: Vamos pro banho? - perguntou sapeca e assenti.


Eu tinha me entregado a ele totalmente mas não estava disposta a perdoá-lo ainda. Não porque não queria, mas não conseguia. Ele se levantou e me deu a mão. Tomámos um banho delicioso e embora ele viesse com investidas para o meu lado tentava dar o fora.


Mel: Vamos comer por favor. - supliquei assim que terminei de me arrumar.


Luan: Bora. - me estendeu a mão mas passei reto e ele semicerrou os olhos confuso.


O restaurante era ali perto e pedimos uns pratos de peixe. Não tínhamos conversado muito depois daquele momento em casa. Comemos bastante e voltámos pra casa em silêncio, pegámos nas malas e fomos para o aero onde o Bicuço estava pronto para voar.


Luan: Mel você está bem?

Mel: Aham.

Luan: Me parece estranha e não falou nada desde que... você sabe.

Mel: Não tenho nada pra falar.

Luan: Posso te fazer uma pergunta? - assenti e ele apertou minha mão me fazendo o olhar - Você me perdoou? - desviei o olhar do seu e respirei fundo antes de responder, não queria ser má mas tinha de ser sincera.

Mel: Não Lu, ainda não.

Luan: Então porque se entregou pra mim esta tarde?

Mel: Eu queria, foi o que meu coração pediu no momento, para te amar. Mas isso não significa que a mágoa foi esquecida.

Luan: Eu quero muito o seu perdão e faço o que for preciso para isso. - falou desesperado.

Mel: Não precisa fazer nada, apenas dar tempo ao tempo.

Luan: Mas a gente pode fazer amor ou você continua com a greve? - perguntou reticente.

Mel: Eu quebrei a greve. - ri - Cê não percebeu?

Luan: Então podemos fazer outras vezes. - falou sapeca e ri negando.

Mel: Pode ser que sim ou que não. - brinquei e ele semicerrou os olhos beijando minha bochecha.

Luan: Vamos dormir um pouco né? - sugeriu e assenti.


Um mês se passou e já senti os enjoos normais da gravidez assim como o sono em excesso e a fome maluca. Luan já estava habituado e sempre me ajudava em tudo passando a cuidar ainda mais das crianças. Minha avó fazia falta mas ele dava conta. Viajámos com ele alguns finais-de-semana e as crianças subiram ao palco com ele. Os gémeos ainda não estavam na escolinha de música mas logo mais os colocaríamos lá também, contudo Luan fazia questão de lhes abrir o conhecimento em casa. Ainda não o tinha perdoado totalmente, mas cada vez me admirava mais pelo homem maravilhoso que ele era. Daqui a um mês seria a minha festa de niver e da Alice, resolvemos fazer algo mais requintado e seria uma espécie de gala. Ela estava toda empolgada por usar um vestido todo brilhoso. Chamei Dora e ela resolveu tudo, seria num salão ali no condomínio mas não teria muita gente, apenas as pessoas mais próximas como a família e os amigos, e mesmo assim já eram bastantes.


Alice; Mamãe a nossa festinha é amanhã. - chegou no quarto me acordando e saltando na cama enquanto Luan saía do banho e ria com a animação dela já pela manhã.

Mel: É filha, agora se acalma. - pedi sonolenta.

Luan: Bom dia amor. - beijou meu rosto e o da filha.

"A minha exceção..."Onde histórias criam vida. Descubra agora