59. Chácara

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É, ir no correio enviar os presentes teria de ficar pra depois. Mandei mensagem pra bruaca que logo bateu na porta e assim que abri entrou feito um furacão. 



Mel: Os seus pais não te deram educação, não? - bati a porta para que ela percebesse que não lhe dei autorização pra entrar. 


Denise: Você olha aqui. - veio com o dedo apontado pra mim - Fica longe do Luan. Eu sei que vocês andam se vendo. Não adianta negar. 


Mel: Tá, se você está vendo que é difícil dar o golpe nele problema seu, agora se a gente se vê pode ter a certeza que não sou eu que vou atrás. - respondi no mesmo tom severo que ela. 


Denise: Por isso vim aqui, as regras mudaram. Eu não quer saber que você está visitando a casa dos Santana.


Mel: O quê? E vou negar os convites dos pais dele porque você quer? – me senti frustrada.


Denise: Vai sim, ou já sabe o que acontecerá. Ele já caiu em meus braços uma vez, outra não será difícil.


Mel: Sim, sim, ele caiu literalmente. Sei bem o jeito que você leva o Luan pra cama. – sorri cínica.


Denise: Fica avisada garota, não quero você lá.


Mel: E como faço no Natal e na virada?


Denise: Não faz nada, vai e vê se não faz besteira.


Mel: Era só isso? Pode sair agora. – abri a porta e ela pisou duro saindo.



Ahhhhhhh que vaca, que insuportável. Fiquei com os nervos á flor da pele com ela. Que bruxa. Tentei não lhe dar muita importância e peguei nos presentes indo enviá-los. Decidi ir diretamente para o escritório e ao contrário das outras vezes não almocei com a equipe da Central do Luan. Conferi a minha caixa de e-mail e vi uma mensagem de David, de que esta tarde chegaria um estagiário para me ajudar com os últimos preparativos da associação e o fato dele continuar ou não na nossa equipa ficaria a meu critério. Porque ele não me avisou ontem? David, sempre esquecendo coisas importantes.



Mel: Pode entrar. – avisei após baterem na porta, já eram 17h, tinha me perdido entre contratos e ligações.


X: Boa tarde, licença. – Deveria ser o estagiário. Alto, cabelos castanhos, estilo despojado, bem bonito, não tanto quanto Luan, claro.


Mel: Você deve ser o estagiário né? – me levantei o cumprimentando.


X: É, sou sim. Me chamo Gabriel.


Mel: Melissa. Sente-se por favor. Fiquei sabendo a algumas horas da sua situação, confesso. Mas se você estiver disposto a me ajudar com os preparativos finais e com as outras associações que temos projetadas será muito bem-vindo.

"A minha exceção..."Onde histórias criam vida. Descubra agora