133. Aqui é meu lugar

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Tentei resistir mas era impossível, ele me abraçava forte e me puxava mais contra ele, mesmo que isso parecesse impossível. Suas mãos estavam em minha cintura e nuca e não tinha como me desprender daquele momento, aproveitei e correspondi até perceber a borrada que estávamos fazendo. O empurrei com força e lhe dei um tapa na cara.

Me: Tá louco? Acha que vai ser assim fácil? - esbracejei e ele levou a sua mão à cara me olhando incrédulo. - Como tem coragem de me beijar depois de beijar aquela piranha? Cadê o respeito? - falei alto.

Luan: Eu não beijei ninguém. - cuspiu as palavras - Seria impossível fazer isso com você.

Mel: Quem me garante? Aliás, quem me garante que você não foi pra cama com ela outras noites porque eu não te podia dar o que você queria? - falei entre o choro.

Luan: Você me conhece, sabe que não estou mentindo. Eu sou apenas seu e não penso sequer em te trair, não seria capaz de magoar você desse jeito e perder o que de mais importante tenho, o seu amor. - disse sincero mas estava tão confusa que só queria acabar com aquilo.

Mel: Sai por favor. Eu não quero conversar com você.

Luan: E quando vamos conversar?

Mel: Não sei, mas agora só quero distância.

Luan: Ao menos você acredita que não te traí? - perguntou esperançoso.

Mel: Não, eu perdi a confiança em você. - disse com mágoa na voz, mas aquela era a verdade. Ele me olhou com lágrimas nos olhos e com o olhar perdido. Deixou as lágrimas caírem e saiu dali rápido me deixando no banheiro sufocando com o choro e a dor física e emocional.

Quando me recompus vesti a roupa que tinha levado e minha avó chegou me ajudando com os cabelos. No quarto Alice brincava com Mari e falava empolgada sobre os irmãos. Assim que me viu correu ao meu encontro abraçando minhas pernas. Me abaixei e a abracei forte.

Mel: Estava com muita saudade sua meu amor.

Alice: Tamém mamãe, quando cê volta com nós pa casa?

Mel: Daqui uns dias minha filha. - lhe dei um beijo e nos sentamos na cama.

Alice: A gente pecisa docê mamãe, papai tá tiste sozinho.

Mel: Você tem se comportado bem?

Alice: Tenho mamãe. Esta noite o papai domiu na minha cama. - ela falando aquelas coisas só me apertava ainda mais meu coração.

Mel: Cuida dele tá bom? - lhe dei um sorriso de canto e ela assentiu.

Alice: A Nic e o Beno são munitos mamãe, palecem o papai. - riu sapeca.

Mel: Você gostou de ver os bebés amor?

Alice: Adolei, quelo cantar pa eles.

Mel: Quando a gente voltar pra casa você canta. - acariciei seus cabelos e iniciei uma conversa com a minha avó.

Luan não tinha aparecido ali e ainda bem. Na hora do almoço comemos todas ali no quarto entre conversas. Alice foi embora com a minha avó ao início da tarde e aproveitei para dormir um pouco. Acordei bem tarde e a primeira coisa que fiz foi pedir a Mari que me levasse á incubadora. Por ordem do médico tive de ir de cadeira de rodas, desejei o colo do Luan, mas logo esse pensamento foi apagado. Assim que vi meus tesouros e a sua melhora esqueci tudo que estava acontecendo. Já estavam com a roupinha que comprei com Luan e com certeza ele teria trazido. Estava sendo mau demais não poder pegar neles. Os dias se passaram e embora Luan insistisse pra me ver eu negava sempre. Mas sabia da sua presença constante no hospital para ver nossos filhos ou pra me ver dormindo, já que era o único jeito que não conseguia impedir. Hoje teria alta. Doutor Duarte foi cedo no quarto e me levou para fazer alguns exames. Estava no quarto esperando o resultado deles quando meus pais apareceram.

"A minha exceção..."Onde histórias criam vida. Descubra agora