"A minha exceção..."

34. E o seu lado indecente fica entre a gente

Entrei na loja e fiquei vendo as lingeries que tinha ali. Sempre que entrava numa loja destas era pra comprar lingerie intima, nunca uma lingerie para surpreender alguém. A moça veio me oferecer ajuda e foi me mostrando várias, mas uma me chamou atenção. Era preta e não mostrava muito do meu corpo, mas ao mesmo tempo era sensual e Rafa iria adorar. Passei ainda numa loja de bebidas e comprei champanhe, é claro. Voltei para o escritório e passei a tarde entre telefonemas e mails. Pelas minhas contas em menos de dois meses inauguraríamos a primeira Associação. Pelas 17h20 decidi tomar um banho no banheiro que tinha ali e vesti a lingerie. Passei perfume, uma make leve e dei um jeito nos cabelos.
Apaguei as luzes do escritório deixando só o abajur ligado e me sentei na cadeira virando de contas para a porta. Ás 18h recebi uma mensagem do Luan avisando que estava me esperando, mandei ele subir. Ouvi batidas na porta e de seguida ele a abriu.

Luan: Amor, vamos lá. - Lerdo como é aposto que nem tinha reparado no ambiente. - Amor, onde cê tá?

Mel: Aqui. - falei enquanto girava na cadeira. Luan arregalou os olhos e abriu a boca espantado. 

Luan: Quem é você e o que fez com a minha Melzinha? - perguntava rouco. 

Mel: Ninguém fez nada comigo, eu que vou fazer com você. - falei quase num sussurro e me levantei indo até ele. Luan estava parado apreciando cada movimento meu. Abri o champanhe e servi duas taças lhe entregando uma. - Um brinde ao nosso amor. - brindamos e os olhos de Luan queimavam sobre mim. 

Luan: Isto tem a ver com a sua fantasia ?

Mel: Aham. - falei enquanto bebia. 

Luan: Mas você falou em papéis. - me olhou confuso. 

Mel: O escritório tem papéis. - peguei numa resma de papel que tinha em cima da secretária e atirei ao ar, ele riu e me puxou pra si pela cintura cheirando o meu pescoço. 

Luan: Você quer me deixar louco é? - falava baixo em meu ouvido enquanto abusava do meu pescoço e as mãos apertavam a minha bunda. - Com você assim estamos realizando duas fantasias, uma sua e outra minha. - Luan me colocou imprensada de frente na parede enquanto abria o corpete. - Ai Mel, você é tão minha. - falava perto de minhas costas agora nuas e eu me arrepiei com o seu hálito quente.  

Me virou para ele e atacou os meus lábios me encostando na parede. Tirou a sua blusa e logo beijei o seu peitoral. Luan me levou até á poltrona e me sentei em seu colo de frente pra ele. Abocanhou os meus seios e eu já estava ofegante. 

Luan: Amor eu estou louco pra te sentir. - falou me encarando e eu o beijei assentindo. Luan se levantou e entrelacei minhas pernas na sua cintura, mandou tudo que estava na secretária ao chão e me deitou sobre ela. Tirou minha calcinha e eu o ajudei a tirar a cueca boxer, Luan se protegeu e me preencheu. 

As minhas unhas cravaram nas costas e Luan e com certeza ficaria marcado. Gemíamos o nome um do outro e Luan fazia com todo o carinho me encarando. Foi assim que chegámos ao nosso clímax. 

Mel: Eu te amo.- ele me deu um selinho. 

Luan: Eu muito mais. - Eu estava vestida apenas com a meia-liga e Luan passou as mãos nelas. - Você não faz ideia do quão atraente está assim. - me olhou novamente com fogo e eu subi pra cima dele o beijando com voracidade. 

Passámos para o segundo round e desta vez Luan preferiu me sentar na secretária enquanto ele ficava de pé. Nos amamos mais uma vez e deixamos o escritório já tarde, pois ainda estivemos arrumando a bagunça. Naquela noite Luan me levou pra dormir em casa dele. 

Mari: Oh meus filhos vocês demoraram, a gente já jantou mas vou esquentar pra vocês. - falou se levantando assim que entramos na sala. 

Mel: Obrigado Mari. 

Bruna: Cê tava com muito trabalho no escritório Mel? - falou divertida me olhando.

Mel: É Bruna, tenho de adiantar as coisas antes da viagem e o próximo finde ainda sou assessora do Luan, aí já viu né.- me justifiquei, mentindo um pouco. 

Bruna: Dá pra ver, por isso você está toda descabelada. - riu e seu Amarildo nos olhou, eu já estava vermelha. 

Luan: Claro que está, veio dormindo no carro né amor? - disse descontraindo o ambiente. 

Bruna: Me enganem que eu gosto.

Amarildo: E o que você sabe sobre isso Bruna? - falou sério para ela que ficou mais pálida do que já é.

Bruna: Ah pai, nada né. - disse rápido - Estava só brincando com eles.

Amarildo: Sei. Acho bom mesmo. - Falou assistindo tv novamente e eu e Luan seguramos o riso fazendo Bruna nos matar com o olhar. 

Mari nos chamou e fomos jantar. O fim de semana passou correndo e felizmente não recebemos nenhuma visita inusitada no camarim. Era sexta feira e estava chegando a casa. Luan já tinha ido viajar e chegaria na segunda. Depois de tomar um banho fui pra cozinha preparar alguma coisa. A campainha tocou e fui atender, mas não estava ninguém na porta, apenas uma ramo de gérberas e rosas no chão com cartão.