58 - Amor

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Boa leitura.

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— Acha que ele está vivo? - A pergunta que tanto me atormentava saiu suavemente de meus lábios, enquanto Minnie se empenhava em refazer meus curativos.

Ela suspirou. Seus movimentos pararam.

— Para ser sincera, eu não sei. Talvez esteja vivo, já vimos Marco sair de tantas enrascadas que pareciam impossível, mas sobreviveu. Ou está morto... As probabilidades de sobrevivência eram mínimas, pois ele estava ferido e cercado pelos homens do Kim em todos os cantos. - Sua confusão era evidente através das linhas de sua testa, que se franziram com as suposições.

— Então... Finalmente acabou... - Sussurrei para mim mesma.

Não ouvimos mais falar nem de Marco, muito menos do senhor Kim. Ninguém sabia o que aconteceu naquela casa, as únicas informações que havíamos conseguido era que os corpos, juntamente a casa, se transformaram em cinzas pelas chamas. Ninguém sabe onde está os dois homens mais poderosos das organizações criminosas, um enigma sem respostas: vida ou morte, triunfo ou derrota. Qual dos dois sobreviveram? Ou ambos morreram?

— Sim... O inferno finalmente acabou. - Voltou sua atenção para meus ferimentos — O caso foi dado pela polícia como uma guerra por territórios entre criminoss, o que não foi necessariamente mentira.

— Acha que estamos seguros? Não sabemos quais dos dois sobreviveram, se foi o Kim, seremos os próximos alvos. - A mera ideia de que aquele verme pudesse ter sobrevivido fez meu estômago se contorcer. As imagens de sua brutalidade contra mim ressurgiram, envolvendo minha mente e acelerando minha respiração.

— Que Deus me perdoe, mas espero que os dois estejam ardendo no inferno. - Lhe encarei, as sobrancelhas arqueadas em surpresa — Não me olhe assim, Lalisa. Eu amo muito Marco, e sou eternamente grata por tudo o que ele fez por nós. Mas você sabe que aquele homem não era nem de perto um anjo.

Ela tem razão.

— Não pense muito sobre isso. Jisoo está de olho em qualquer atividade suspeita pelos arredores, e nunca duvide das habilidades tecnológicas daquela mulher. - Deu seus típicos sorrisos reconfortantes — A polícia está envolvida, investigando o caso, ninguém agirá até que a poeira abaixe.

— Certo. - Respirei fundo. Vamos ficar bem, Jisoo está usando suas habilidades como hacker e Momo tem informantes confiáveis para nos avisar qualquer coisa.

— Você anda muito tensa ultimamente. Vá atrás da sua cremosa, aproveita esses dias calmos que estamos tendo. Posso chamar a Chiquita e a Pharita para dormir comigo hoje, aí o quarto fica livre para vocês duas. - Um sorriso malicioso se fez presente em seus lábios, que eu fiz questão de desfazer ao prender sua boca entre meus dedos, puxando-a — Auch!

— Sua pestinha... Eu estou toda remendada e você está pensando em sexo?? - Retirei minha mão de sua boca e ela fez careta.

— Você anda secando a mulher vinte e quatro por quarenta e oito, e eu conheço bem aquele olhar, Lalisa. - Revirei meus olhos, vestindo minha camiseta quando ela finalmente concluiu sua tarefa.

— O que eu posso fazer? Minha "cremosa" é uma tremenda... gostosa. - Dei de ombros, um sorriso convencido tomando meus lábios.

— Ótimo. Joga na cara de uma solteirona como eu, o quão linda a sua gatinha é. - Semicerrei meus olhos em sua direção e ela soltou uma gargalhada — O que foi? Eu apenas a elogiei, garota ciumenta!

— Não sei nem o significado de ciúmes. - Fiz pouco caso sobre o assunto, permitindo que minha concentração fosse redirecionada para os botões que adornavam os sulcos da minha camisa, fechando-os um de cada vez.

Dangerous love_Jenlisa (G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora