44 - Sentimentos bons

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Boa leitura.

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A luz natural do sol ofuscante resplandecia seus raios dourados sobre todos os corpos agitados e dançantes naquela tarde, iluminando também a copa das árvores, intensificando os vários tons de verdes das folhas e as cores de todos o locais que eram acometido pelos raios solares. O farfalhar do vento produzia sons distintos enquanto arrastava as folhas das árvores que residiam no local.   

Os olhos atentos da Manoban passava através dos rostos alegres, deixando com que o seu fosse preenchido por essa alegria contagiante assim que seus olhos focaram em uma pessoa gargalhando no castelo inflável tal como as crianças. O espírito infantil daquela festa parecia realmente tê-la acertado em cheio.

— A tia coelho está distribuindo notas em dinheiro para as crianças, alegando que pegou emprestado – para nunca mais devolver – de um velho rico. - A voz doce de Pharita soou próxima à mulher que, distraida, observava a coreana se divertindo com Chiquita e mais algumas crianças.

— Você conhece a Jisoo, aquela mulher não toma jeito. - Comenta Lalisa, virando-se para a garota com uma expressão doce, escondendo sua vontade de esganar a irmã mais velha através do sorriso em seus lábios.

Pharita sorriu e se aproximou da mais velha, sentando ao seu lado, entregando-se ao silêncio confortável que lhes tomou, sendo preenchido apenas pela música agradável e as risadas contagiantes das crianças e de Jennie que parecia estar se divertindo bastante.

— Você está olhando para ela há bastante tempo. Você gosta dela? - A adolescente perguntou, tendo o olhar analítico da Manoban sobre si, que podia ver as engrenagens girando com alguma curiosidade privada em seus pensamentos, parecendo entusiasmada com o assunto.

Gostar? Era algo desconhecido para a tailandesa, ainda mas no contexto que sabia muito bem que Pharita colocava. Sabia exatamente o que a adolescente insinuava, mas de alguma forma seu sangue está fervendo. Seu coração está acelerado. Sua cabeça está dormente. Esta sensação… tudo lhe parecia tão esquisito. Ela se sentia tão fraca, esses sentimentos estranhos lhe faziam fraca. Logo ela que prometeu a si mesma ser forte, pela sua família. Resistente. Jurou que se manteria firme, não importava as circunstâncias.

Mas, de repente, tudo foi quebrado. Jogado para os ares. Não estava em seus planos agir assim. Não fazia parte de seus planos ser traída pelo seu próprio corpo e mente de uma forma tão cruel. Era duro admitir, mas Jennie bagunçava sua mente, virava tudo do avesso. Dos pequenos aos maiores detalhes de seu dia, nada mais era o mesmo, seus sentimentos não eram o mesmo, não conseguia os controlar. Esta situação não pode continuar e deve ser interrompida a tempo. Mas em vez disso, a faísca de sentimentos confusos se acendia cada vez mais, ainda mais vibrante em si.

Ela arfou alto em algum momento, só então percebendo que havia prendido a respiração durante um tempo prolongado. Sua postura deixou de ser rígida como de costume; seu olhar dardejava de Pharita e Jennie que continuava alheia ao mundo, dentro de sua bolha de gargalhadas sinceras e sorrisos enorme.

— Ei, capetinha...! Cuidado com isso! - Assim que Lalisa despertou, ouvindo a voz da coreana, olhou rapidamente para ela, sufocando um riso ao ver a mulher menor correndo atrás de uma criança que arrastava sua bolsa pele alça.

Lalisa levantou, não conseguindo mais conter o riso e caindo na gargalhada, chamando a atenção da mulher. O nítido inconformismo pairava, de forma cômica, em seu rosto enraivecido.

— Isso é uma Prada, peste! - protestou lamurosa tentando recuperar a sua amável bolsa.

— Ei, florzinha. - Lalisa barrou a garotinha da forma mais amigável possível — Quer ganhar este saquinho de doces?

Dangerous love_Jenlisa (G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora