Dangerous love_Jenlisa (G!p)

39 - Um mar de aflição

Boa leitura ♡

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Pov. Lalisa.  

Eu não faço ideia do que esteja acontecendo, mas o Sr. Kim chamou muitas pessoas que trabalham para ele, alegando ser um assunto de extrema urgência e quem não estivesse lá em trinta minutos, teria sua cabeça arrancada e pelo jeito que ele mandou, não duvidaria nada de que realmente faria isso. Cá estou eu, antes dos trinta minutos, ainda mancando e me recuperando da surra que levei.

Ao entrar no enorme cômodo, pude ver uma aglomeração no centro. Caminhei, empurrando alguns corpos em minha frente e, quando tive a visão de Momo ensanguentada e ajoelhada no concreto polido que cobre a maior parte do piso, enquanto dois homens enormes a seguravam pelos ombros, impedindo-a que saisse do lugar enquanto o Kim apontava uma arma em sua cabeça.

Com passos bruscos e pesados, caminho rapidamente até eles. Com minhas mãos atrás de meu corpo, parei em frente ao corpo mole de Momo, entrando na frente da arma. Kim me olhou severamente, mas eu não recuei. Os olhares incessantes, confusos e um tanto surpresos eram vistos de todas as direções.

— O que pensa que está fazendo?! - Ele esbravejou, uma voz trêmula bastante camuflada pelo seu tom rígido.

Eu estava colocando minha própria vida em risco com essa ousadia diante ao meu superior.

— O que ela fez? - Perguntei, observando seu maxilar ficar rígido.

— Essa imprestavel! Por culpa dela, minha filha está desaparecida. Não consigo encontrá-la e o rastreador... Eu vou matá-la!

— Desaparecida? - Franzi minhas sobrancelhas, observando o homem com seus cabelos desgrenhados, denunciando que passou a noite toda passando a mão por entre os fios, assim como suas olheiras profundas comprovavam que realmente virou a noite acordado.

Olhei para Momo, seus olhos quase não ficavam abertos. Abaixei-me em sua direção e puxei seu corpo, apoiando-a em meus ombros. De primeira, os homens que seguravam ela, ficaram relutantes em soltá-la, mas com a minha fala a seguir e o comando do Sr. Kim, a soltaram.

— Eu vou encontrá-la. - Assegurei com a voz firme, olhando-o nos olhos. Sabia como este homem valorizava palavras firmes, olhando no fundo de seus olhos — Poupe-a. Te dou a minha palavra que encontrarei e se não encontrar, eu mesma virei até você, ficarei de joelhos e permitirei que atire em minha cabeça.

Ele pareceu relutante, imerso na indecisão que ocorria em sua mente lenta pelo sono evidente em seu rosto, mas a preocupação com a sua filha o mantinha de pé. Droga! Eu realmente não deveria me arriscar tanto assim, correndo o risco de estragar tudo e foder com o plano. Mas Momo é uma boa pessoa que caiu de paraquedas em um caminho sombrio e errado. Ela foi de grande ajuda, mesmo sem ao menos perceber e eu devia uma para ela.

Essa porra toda está me deixando na beira do precipício. Eu de antes, não me importaria se alguém morresse, contanto que não fosse eu ou que não arruinasse meus objetivos, mas olha só para mim agora... Marco não iria gostar nada disso. Mas essa é uma única vez que farei tal loucura por alguém.

— Eu te dou a porra do final do dia, Manoban. Se minha filha não estiver aqui até o final do dia, eu juro... não irei me importar se tenho um grande apreço por você, um carinho especial por tudo o que fez por mim, eu irei mesmo meter uma bala na sua cabeça.

Assenti. Com Momo ainda apoiada em meu ombro, fiz reverência para o homem que estava prestes a arrancar seus próprios cabelos de tanta aflição, e sai. Com cuidado, coloquei a Hirai no banco do carro, ajeitando-a para ficar confortável.