Giovanna estava deitada no sofá assistindo um programa qualquer de televisão e ouviu quando um estalar de chaves aconteceu na porta da sala. Alessandra chegava do trabalho e não estava com uniforme da clínica e carregava uma bolsa enorme, Giovanna sabia que a amiga não tinha dormido em casa na noite anterior, mas resolveu não perguntar nada, não queria invadir sua privacidade e assim que ela quisesse falar, estaria toda a ouvidos.
Giovanna precisava muito conversar com a amiga sobre seu dia complexo.
A mocoronga, anã de jardim.
Ciúmes.
Brigas.
A morena havia pedido dois hambúrgueres na lanchonete preferida dela, sabia que Alessandra gostava do que foi pedido e ela precisava se afogar em alguma coisa bem gordurosa.
Se caso Alessandra não viesse para a casa novamente, ela guardaria o lanche no micro-ondas ou simplesmente comeria, de tamanha era sua ansiedade.
Alessandra adentrou a sala, jogou a bolsa em cima da poltrona e se sentou retirando os sapatos de salto médio.
— Oi, amiga ! Acordada ainda ? – Perguntou a amiga, se ajeitando no sofá.
— Oi, Alê! Sem sono. – falou um pouco triste. — Pedi um lanche pra gente, deve estar chegando! – olhou o celular as horas, já havia um bom tempinho desde o pedido feito.
— Me conta, porque tá com essa carinha? Não trabalhou hoje? – Alessandra olhava atenta ao semblante caído da amiga.
— Fui, mas voltei cedo ! A bruxa chegou. E chegou aterrorizando. – A morena se ajeitou desconfortável no sofá ao se lembrar. Abaixou o volume da tv.
— Sério, Giovanna ? Me conta vai, como foi ?
— Quando ela chegou, nós três estávamos brincando, rindo depois do café, uma situação feliz, sabe ? – riu ao se lembrar da cena, nostálgica e com os olhos brilhado. — Aí ela abriu a porta, e já foi me tacando 7 pedras ! – respirou fundo.
Alessandra não deixou de notar os olhos da amiga ao falar sobre pai e filho. Ela realmente estava encantada com os dois e Alessandra não sabia se isso era bom ou a preocupava.
— Continua, estou te ouvindo. – a encorajou.
— Chegou me ofendendo, foi extremamente grossa comigo e me tratou como se eu tivesse 15 anos e tivesse me fretando para o marido dela. – revirou os olhos ao lembrar da megera.
— Nossa, Gio ! – estava de boca aberta. — Ele não fez nada ?
— Alexandre me defendeu, pra caramba! – não pode deixar de conter um sorrisinho singelo soltar. — Eles até discutiram por minha causa...
— Meu Deus. A mocreia já chegou tocando o terror ! – Alessandra falou divertida, arrancando uma risada da amiga.
De repente a campainha tocou e Giovanna sabia que era o lanche então se apressou em ir buscar. Voltou com o lanche em mãos e posicionou no meio delas, cada uma pegou seu respectivo lanche.
— E você não sabe a maior ! – a morena desembrulhava o lanche.
— Ainda tem mais ? – Olhou incrédula.
— Depois que eu voltei para casa, resolvi enviar uma mensagem né, explicando que sai do trabalho cedo porque a esposa dele quem pediu... – explicou calma, e mordeu o lanche. Alessandra fez o mesmo.
— Giovanna... – Alessandra cerrou os olhos. — O que vem por aí ? – arrancou uma boa gargalhada da amiga.
— Bom. Ele me pediu um milhão de desculpas, falou que resolveria com ela...
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Um céu de amor
Lãng mạnUm céu de amor espera por Giovanna e Alexandre, mas a muitas nuvens entre eles, as vezes branquinhas como algodão e outras negras e pesadas... Eles vão ter que desvendar o céu juntos.