Pov. Giovanna
Olhar aquela cena me trouxe náuseas, ainda mais depois do que havia acontecido ali dentro, depois de me entregar a Alexandre achando que ficaria tudo bem, que estava tudo bem.
Não, não estava.
Dói pensar que fui usada por ele.
Dói tanto que chegar ser irracional, o sentimento de tristeza que me invade é perturbador e eu só quero sumir. Sumir pra bem longe daquele lugar, pra longe dele, longe daquele amor que eu achei que ele também sentisse por mim e pelo andar da carruagem vi que me enganei.
Cai no conto do vigário.
Onde eu ia imaginar que um homem como Alexandre seria fiel a mim, a uma “menina” de 24 anos, quase que desconhecida da vida, só mais um rostinho bonito e carne nova do mercado. Estou me sentindo usada e não tem nada mais nojento que isso.
Meus olhos denunciaram as lágrimas que viriam logo em seguida, minha garganta fez um nó, a minha pele tremeu e o coração descompassou.
Olhei para ele com um pesar no olhar, porque ele havia feito isso comigo?
Eu fui tão sincera desde o começo, pulei regras por causa dele, tive que ouvir diversas ofensas vinda de terceiros, para que ? No final, Ana estava certa com tudo aquilo que disse naquela noite tempestuosa.
Olhei ao meu redor em busca de sustentação pois a sensação era que eu desabaria ali mesmo, na frente de todos os convidados, procurei por Alessandra no meu campo de visão e não achei então procurei o mais rápido sair dali.
Vi quando Alexandre entregou o menino para Karen, ela conversava sem parar com ele que não parecia ouvir um ‘A’ do que ela pronunciava. Tratei logo de abrir o aplicativo de Uber e procurar um motorista, e por sorte do evento logo aceitaram e me dirigir pra frente do local.
Sai em meio às pessoas e Alexandre tentava me alcançar.
Consegui ouvir um : “ Giovanna, espera, não é isso...”
Eu não queria ouvi-lo.
Entrei no Uber aos prantos, mesmo engolindo toda dor, as lágrimas era inevitáveis e transbordavam sem parar.
— Boa noite, moça. Tá tudo bem ? – o motorista preocupado pela visão que tinha minha pelo retrovisor.
— Tá. Tá, tudo bem sim ! – forcei um sorriso que praticamente não saiu, minha voz embargada também não ajudou em nada.
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Um céu de amor
RomansaUm céu de amor espera por Giovanna e Alexandre, mas a muitas nuvens entre eles, as vezes branquinhas como algodão e outras negras e pesadas... Eles vão ter que desvendar o céu juntos.