Um céu de amor espera por Giovanna e Alexandre, mas a muitas nuvens entre eles, as vezes branquinhas como algodão e outras negras e pesadas... Eles vão ter que desvendar o céu juntos.
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1 MÊS DEPOIS...
A sensação angustiante que toma meu corpo é chata, incômoda. A um mês que Alexandre assinou o divórcio com Karen, e agora eles estão em uma sala, disputando a guarda do Bento. Eu estou aflita, não queria que fosse assim, mas pensando pelo bem maior da criança era melhor que ficasse com Alexandre.
Era difícil para mim como mulher, ver uma mãe estar na posição de “perder” o filho, mas ela quem traçou por esse caminho, foi ela quem os perdeu e eu não poderia fazer nada. A única coisa que eu faria, ou melhor, já faço com excelência é cuidar do Bento e ama-lo incondicionalmente.
E não é como se ela não fosse mais ver o menino, porque eu mesma me encarregaria de conversar com Alexandre para ele não ser tão severo com ela e permitisse as visitas, mesmo acreditando que ele não faria muito diferente. Ela é a mãe, e mesmo não sendo a pessoa mais responsável possível, ainda sim ela era a mãe.
Ela gerou, e criou.
Mesmo que sua forma não foi das melhores, talvez a sua maternidade não tenha sido tão desejada assim, mas acredito que ela ame muito o filho, que isso esteja sendo bastante difícil.
Sentada agora do lado de fora, a espera de alguma notícia, de uma notícia boa, pego meu celular e mando mensagem pra Alessandra e pergunto sobre Bento que deixamos com ela e com o Rodrigo, não sabíamos como seria as reações depois do veredito do juiz, não queríamos que ele assistisse alguma cena indesejada de briga ou discussão.
Minha vó havia aceitado vir morar aqui no Rio com a gente, mas só viria próximo a viajem porque tinha que resolver as coisas da casa que talvez ela alugaria pra uma amiga e também teria a burocracia da mudança. Eu estava extremamente feliz, iria ter minha família todinha por perto, e estaria totalmente completa daqui dois meses.
Levanto e tomo uma água, ando um pouquinho de um lado para o outro buscando alguma forma de acabar com essa ansiedade que só me falta colocar o coração pela boca. Volto ao banco e me sento, encaro a porta de madeira na qual do outro lado está meu noivo e a ex travando uma batalha.
As horas pareciam não passar, cada minuto parecia ser uma hora.
Quando a porta a minha frente se abriu, e ambos saiam com o semblante imparcial, impossível de se ler o que havia sido a decisão do juiz. Me levantei depressa, Alexandre veio em minha direção calado, e Karen conversava com seu advogado.
Assim que parou em minha frente, o olhei nos olhos a procura de alguma resposta, alguma resposta positiva. Subitamente, senti Alexandre me segurar pela cintura e me suspender girando comigo em seu colo, logo de começo tomei um susto, mas logo entendi do que se tratava.
Ganhamos a guarda.
— Consegui, amor. Ele é nosso, somente nosso ! – Alexandre falava eufórico, me girando e rindo totalmente feliz com a decisão do juiz.