Sorte a nossa

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— Tá mais calma agora? – o timbre rouco de Alexandre soa em meus ouvidos, me fazendo despertar de um quase cochilo em seus braços.

— Bem mais ! – confessei. — Mas a ansiedade ainda está me corroendo! – falei, virando meu rosto que estava deitado sobre seu peito nu.

Estamos deitados em nossa cama completamente nus, comigo aninhada ao meu homem e com a perna sobre as suas, minha cabeça sobre seu peito e as minhas mãos rodeando seu abdômen dos deuses. Tínhamos acabado de fazer um amor bem gostoso. Eu estava completamente nervosa e Alexandre arrumou um jeito de me acalmar, de me fazer desacelerar, pois se não com certeza abriria um buraco no chão – e que jeito maravilhoso de me acalmar.

Hoje era o dia em que íamos contar para Alessandra e para o Rodrigo sobre a minha gravidez e convidá-los a serem os padrinhos da nossa pequena. Estou nervosa, mas sei que isso é pura bobagem, pois eu e a Alê sempre sonhamos juntas, óbvio que eu sempre sonhei em ser mãe e ela ainda não tinha amadurecido essa vontade, mas sempre quis ser dinda e agora será.

Desde muito novas dividíamos uma a outra as nossas metas, nossos sonhos. O meu claro sempre foi o básico ; me formar, ser bem sucedida, casar, construir uma família, ter filhos. Já a minha amiga sempre quis explorar o mundo, queria a fama, o estrelismo, uma vida com luxos.

Cada um com seu sonho e tá tudo bem.

Não nos julgávamos, apenas uma torcia pela outra.

E veja bem, cá estamos.

Eu formando a minha família, me formando amanhã e ela voltando hoje do seus dias no exterior, acompanhando o sucesso que era seu namorado – quase marido também.

Já tínhamos conversado com eles para virem jantar com a gente e eles prontamente aceitaram, já que disseram que estavam morrendo de saudades dos amigos – e nós também estávamos.

Alexandre já tinha contado da gravidez a sua irmã quando ele tinha ido buscar o Bento, informando a ela que tínhamos escolhido a Alê e o Rodrigo para serem os padrinhos, já que ela já era a madrinha do Bento e para que ela não ficasse chateada – mas ela super entendeu.

...

— Não tem porque ficar assim, sabe que eles vão ficar mega felizes com a notícia! – falou, com sua voz calma, me fazendo um cafuné delícia.

— Eu sei amor, eu só não consigo evitar! – suspirei, sabia que devia conter mais essas emoções para não passar para minha bonequinha.

— Temos que levantar e se arrumar. – constatou olhando em seu relógio Rolex de pulso. — Já são quase sete, daqui apouco os dois chegam !

— É verdade. – me inclinei um pouco, sentindo o aroma de comida. — Tá sentindo esse cheiro maravilhoso? A Claudinha deve tá arrasando no jantar! – minha boca salivou na hora.

Um céu de amor Onde histórias criam vida. Descubra agora