CARTA

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POV FREEN

2 meses depois e eu ainda estou me recuperando esta indo tudo bem eu diria, quase tudo ....

Minha saúde anda muito boa mas minha saúde mental nem tanto venho fazendo acompanhamento psicológico depois do acidente, Jennie tem sido uma ótima amiga como sempre, apesar de eu saber que ela ainda tem esperanças de que seremos algo a mais no momento eu não estou disposta a nem pensar nesse tipo de coisa.

Assim que abri os olhos no hospital ouvi a voz dela, incrível como a voz dela sempre sempre está  lá antes de eu apagar e quando eu acordei, ela sempre está lá, não sei se foi o certo ou errado mas no momento em que eu vi seus olhos no quarto do hospital eu queria que ela não estivesse ali, a vergonha de estar daquele jeito por ela, eu não aguentaria aquele olhar de pena, não dela.

-Tira... Tira ela daqui .... coff..coff..- Foi a única coisa que minha voz rouca e falha conseguiu dizer.

Eu a vi sair do quarto e meu peito se apertava cada segundo ele queimava  o ar me faltava, no segundo seguinte eu estava tendo um ataque de ansiedade... pânico algo do tipo, o doutor se assustou achou que eu estava tendo alguma reação pós acordar, eu não conseguia respirar direito, segundos depois vemos a porta do quarto ser aberta com certa brutalidade e eu pude ver Jennie parada lá com uma cara aterrorizada que se transformou em alívio, acho que o susto da porta batendo e vendo jennie ali me distraiu e me acalmou de certa forma eu fui voltando a respirar normalmente .

Nos dias seguintes eu tinha certas preocupações em relação a como eu deveria lidar com Becky e tudo isso só de pensar nela eu já ficava ansiosa e nervosa muitas vezes as enfermeiras tiveram que me dar sedativos, o doutor disse que aquilo tudo era psicológico e que eu teria que fazer tratamento com um psiquiatra, naquele momento eu não podia ver becky eu ficava sabendo por Jennie que ela vinha quase todos os dias ao hospital pedia para me ver, mas eu não estava pronta a vergonha e algo mais profundo me impediam de ve-la, eu não queria a pena dela eu sabia que ela não me amava como eu a amava e se ela ficasse por pena eu não suportaria, na minha cabeça era hora de deixa-la livre era hora de tratar dos meus sentimentos das minhas inseguranças eu precisava disso eu precisava sentir algo no momento que não fosse vergonha e pena de mim mesma.

Comecei o tratamento com a doutora Samantha ela era ótima as vezes até a achava bem parecida fisicamente comigo o que era engraçado pois nossas personalidades eram totalmente diferentes, mas seus conselhos eram ótimos nossa conversa aliviava minhas preocupações e me faziam ver algumas coisas que eu mesma não via .

Conversamos sobre a fama sobre como eu lidava com isso, sobre o que eu deixava as pessoas a minha volta verem e o que eu poderia fazer pra melhorar minha mentalidade, conversamos sobre Jennie sobre nosso passado sobre como ele afetou minhas futuras relações e sobre como Becky estava sendo uma delas, eu havia percebido que enquanto eu não me curasse dos meus traumas das minhas inseguranças enquanto eu não enfrentasse eu não poderia ter um relacionamento saudável com ninguém, a culpa do acidente que eu estava não era de Becky era minha, foi minha decisão beber e dirigir, foi minha responsabilidade eu me deixei perder o controle e aquilo me envergonhava de mais pois eu não queria deixar ninguém quem dirá becky ver esse lado meu.

Conversamos sobre como eu estar lidando com o fato de não deixar becky me ver era ruim, que eu estava fugindo, que a realidade devia ser enfrentada se ela não me amasse eu deveria saber, mas que deveríamos sentar e conversar e por um ponto final nessa história para o bem das duas .

Aquele evento era a oportunidade perfeita pra isso, meu plano era ir a festa e conversar com Becky e qualquer que fosse o resultado eu aceitaria e seguiria em frente, mas no momento que eu vi seus olhos cruzando os meus eu senti um choque, e meu estômago se agitou, eu tentei inconscientemente fugir o que não adiantou eu a observava ao longe ela parecia deslocada como sempre ela não gostava desses eventos provavelmente foi forçada a vir também, ainda não tínhamos nos falado e em algum momento eu teria que faze-lo até porque os comentários já estavam circulando que estávamos afastadas desde o acidente, não que eu estivesse ligando depois das minhas idas aí psiquiatra eu percebi que não posso deixar que as pessoas digam como eu devo viver, mas eu queria manter as coisas amigáveis por ela, pelo que fiquei sabendo as coisas não estavam muito boas nos meses que eu fiquei em coma e que Becky foi a que mais sofreu com perdas de contrato e patrocínios, ainda não tínhamos falado sobre o trabalho eu pretendia marcar uma reunião essa semana sobre como iamos lidar  com a série, mas nada disso importava não antes de eu e ela termos uma conversa sozinhas olho no olho.

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