Comece a cavar

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Última vez...

“Quero que você escreva 'Não devo contar mentiras'.” Umbridge continuou, parecendo muito satisfeita com a admiração de Hera pela pena.

"Quantas vezes?" Hera perguntou, embora tivesse a sensação de que já sabia a resposta.

“Oh, o tempo que for necessário para a mensagem ser absorvida.” Umbridge respondeu. "Vá você."

“Você não me deu nenhuma tinta.”

“Oh, você não vai precisar de tinta.”

Ah, então foi assim que ela fez, Hera percebeu. Mesmo assim, Hera colocou a ponta da pena no pergaminho e escreveu: Não devo contar mentiras. Ela esperava a dor e por isso não ofegou, cerrando os dentes antes que ela pudesse escapar. As palavras apareceram no pergaminho no que parecia ser uma tinta vermelha brilhante. Ao mesmo tempo, as palavras apareceram nas costas de sua mão esquerda, cortadas em sua pele como se tivessem sido traçadas por um bisturi.

No entanto, mesmo enquanto ela olhava para o corte brilhante, a pele cicatrizou novamente rapidamente, deixando o lugar onde estava apenas um pouco mais vermelho do que antes e ainda bastante liso. Pelo canto do olho, ela podia ver Umbridge esperando sua reação. Hera sentiu-se mal, percebendo que a mulher  esperava que  ela olhasse para cima com confusão e traição; porque as autoridades não devem abusar das crianças sob seus cuidados. Ela percebeu que todas as crianças antes dela fizeram exatamente isso, olharam para cima com confusão e traição, enquanto a esperança morria. Com uma inclinação teimosa do queixo, Hera voltou ao assunto; colocando a pena no pergaminho mais uma vez, escrevendo as palavras 'Não devo contar mentiras' repetidas vezes, observando enquanto elas cicatrizavam segundos depois.

A tinta era o sangue dela, ela logo percebeu. Foi por isso que sua proteção não foi suficiente. Umbridge forçou cada criança a fazer isso, a se cortar com a pena uma e outra vez até que a mensagem fosse 'penetrada'. Horas se passaram e a escuridão caiu. Hera não perguntou quando teria permissão para parar. Em vez disso, ela concentrou sua intenção na pena; sabendo que o que ela faria a seguir exigiria isso.

"Venha aqui." Umbridge exigiu, depois do que pareceram horas. Hera foi até ela. "Mão."

Hera estendeu a mão, e Umbridge a segurou. O toque da mulher foi revoltante, e ela reprimiu um arrepio quando Umbridge passou os dedos pelas palavras ainda gravadas profundamente em sua pele. Hera conseguiu transmitir à pena que ela precisava cortar o mais fundo possível, que seu fator de cura a rejeitaria se isso não acontecesse. Ela precisava que houvesse evidências para fazer a mágica que ela havia planejado. Ele cedeu ao seu pedido com alegria, nem sempre tendo a chance de infligir dor a uma vítima voluntária.

“Bem, estou surpreso. Afinal, parece que causei uma boa impressão.” Umbridge refletiu com um sorriso. "Você pode ir."

Exceto que, quando Umbridge soltou sua mão, Hera agarrou a dela com força e um sorriso que era tudo menos gentil.

"Eu acho que não." Hera declarou, com a voz baixa, e os dois desapareceram dos terrenos de Hogwarts.

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Capítulo 110

Foi um pouco desconcertante acordar sem entender onde ela estava ou como havia chegado lá. O que ela sabia era que estava presa; amarrada e amarrada em algum tipo de corda, seu rosto meio pressionado no chão abaixo. Era inútil tentar usar magia sem varinha para sair. Ela nunca tentou aprender a habilidade, porque que bruxa em sã consciência iria a algum lugar sem sua varinha? Um som repetitivo de batidas chamou sua atenção, quase um som hipnótico, algo que a fez lutar em pânico.

Deus do Mal, e  Mestre da Morte (TRADUÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora