Capítulo 14

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Mais um para vocês não falarem que eu sou malvada..



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(Soraya):Seja quem for naquele Dodge, não pode nos escutar, você sabe, né?
Eu dou uma risada.


(Sawyer):Estamos passando pelo cruzamento da Stewart com a Boren, senhora. Já vejo o estacionamento. O Dodge passou direto, senhora.

Nossos ombros desabam simultaneamente, de tanto alívio.

(Simone) Muito bem, Sra. Thronicke Tebet. Ótima motorista.

Simone acaricia de leve meu rosto; eu tenho um sobressalto quando sinto o contato da sua mão, e inspiro profundamente. Não fazia ideia de que estava segurando a respiração.


(Soraya):Isso significa que você vai parar de reclamar quando eu dirijo? -
pergunto. Ela ri, uma risada alta e sincera.

(Simone):Não me atrevo a afirmar isso.


(Soraya):Obrigada por me deixar dirigir seu carro. E sob circunstâncias tão
emocionantes. - Tento desesperadamente transmitir leveza.



(Simone):Talvez eu deva pegar a direção agora.


(Soraya): Para falar a verdade, acho que não consigo descer do carro agora para
você se sentar aqui. Minhas pernas estão balançando feito gelatina. - De repente começo a tremer e a me sacudir.


(Simone):É a adrenalina, baby - diz ela. - Você se saiu muitíssimo bem, como
sempre. Você me surpreende, Soraya. Nunca me decepciona.


Ela toca minha face carinhosamente com as costas da mão, seu rosto pleno de amor, medo, arrependimento tantas emoções simultâneas, e suas palavras são a gota d'água para mim: dominada pelas emoções, um soluço contido escapa da minha garganta apertada e eu começo a chorar.



(Simone):Não, baby, não. Por favor, não chore.


Ela se aproxima e, apesar do espaço limitado, me puxa por cima do freio de
mão para me aconchegar em seu colo. Afastando o cabelo do meu rosto, beija
meus olhos e minha face, e eu o envolvo em meus braços e choro baixinho em seu pescoço.




Ela afunda o nariz no meu cabelo e me aperta nos braços; ficamos ali sentadas sem dizer nada, só abraçados.

A voz de Sawyer nos desperta:

(Sawyer):O elemento diminuiu a velocidade perto do Escala. Está estudando o terreno.


(Simone):Siga o carro.

Limpo o nariz nas costas da mão e respiro fundo para me acalmar.


(Simone):Use a minha camisa. - Simone me beija na têmpora.

(Soraya):Desculpe - balbucio, envergonhada por ter chorado.


(Simone):Por quê? Não se desculpe.


Limpo o nariz mais uma vez. Ela ergue meu queixo e planta um beijo terno nos meus lábios.


(Simone):Sua boca fica tão macia quando você chora, minha menina linda e
corajosa - sussurra ela.



(Soraya):Me beije de novo.


Simone permanece imóvel, uma das mãos nas minhas costas, a outra na minha bunda.

(Soraya):Me beije - peço, ofegante, e observo seus lábios se afastarem quando
ela inala fortemente.


Inclinando-se sobre mim, ela tira o BlackBerry do suporte e o joga no assento do motorista, junto aos meus pés. Depois sua boca está colada na minha e ela leva a mão direita até meu cabelo, segurando-me no lugar, e com a esquerda envolve meu rosto.


Cayendo en la Tentación III - Simone & SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora