Capítulo 28

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(Soraya): Você deveria pedir ao Taylor para ensiná-lo a atirar — digo quando estamos no elevador. Simone me encara com um ar de quem acha graça.

(Simone):Deveria, é? — diz ela secamente.

(Soraya): Sim.

(Simone):Soraya, eu tenho desprezo por armas. Minha mãe cuidou de muitas
vítimas de crimes com armas de fogo e meu pai condena veementemente as
armas. Eu cresci imbuído desse espírito. Ajudo pelo menos duas iniciativas para
o controle de armas aqui em Washington.



(Soraya): Ah. O Taylor anda armado?

Ela pressiona os lábios.

(Simone): Às vezes.

(Soraya): Você não aprova? — pergunto, enquanto Simone me apressa para fora
do elevador ao chegarmos ao térreo.

(Simone):Não — diz ela, os lábios cerrados. — Digamos que eu e o Taylor temos visões muito diferentes no que diz respeito ao controle de armas.


Estou com o Taylor nessa. Simone abre a porta da entrada para mim e eu me dirijo para o carro. Ela não me deixa ir sozinha para a SIP desde que descobriu que o Charlie Tango foi sabotado.


Sawyer sorri com simpatia, segurando a porta aberta para Simone  e eu entrarmos no carro.

(Soraya):Por favor. — Pego a mão de Simone.

(Simone): Por favor o quê?

(Soraya): Aprenda a atirar.

Ela revira os olhos.

(Simone):Não. Discussão encerrada, Soraya.

E mais uma vez sou uma criança sendo repreendida. Abro a boca para dizer algo cortante, mas decido que não quero começar meu dia de trabalho de mau
humor.



Em vez disso, cruzo os braços e vejo Taylor me observando pelo espelho retrovisor. Ele parece absorto, concentrado na rua à sua frente, mas balança a cabeça um pouco, numa frustração óbvia.
Hmm…



Ele também fica enlouquecido com Simone às vezes. Esse pensamento me faz sorrir, e meu bom humor está salvo.


(Simone):Onde está a Renata? — pergunto, enquanto Simone olha para fora pela
janela.

(Simone):Já falei. Está em Connecticut com os pais. — Ela me olha de relance.


(Soraya): Você verificou isso? Afinal, ela tem cabelo comprido. Poderia ser ela
dirigindo o Dodge.

(Simone):Sim, eu verifiquei. Ela está matriculada numa escola de artes em
Hamden. Começou esta semana.

(Soraya):Você falou com ela? — sussurro, e meu rosto fica lívido.

Simone vira a cabeça rapidamente ao ouvir o tom da minha voz.

(Simone): Não. Foi o Flynn. — Ela investiga meu rosto à procura de uma pista para
meus pensamentos.

(Soraya); Entendi — murmuro, aliviada.

(Simone);O quê?

(Soraya): Nada.

Simone suspira.

(Simone):Soraya. O que foi?

Dou de ombros, não querendo admitir meu ciúme irracional. Simone continua:

Cayendo en la Tentación III - Simone & SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora