Capítulo 41

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(Simone):Mas aposto que isso não tem a ver só com a promiscuidade da Gia ou do
Elliot.


(Soraya): Eu sei. Desculpe. Depois de tudo o que aconteceu essa semana, eu só…


Encolho os ombros, sentindo vontade de chorar de repente. Simone parece relaxar, aliviada. Puxando-me para si, ela me abraça bem apertado, o nariz no meu cabelo.


(Simone): Eu sei. Me desculpe também. Vamos relaxar e nos divertir, que tal? Você
pode ficar aqui e ler, ver um daqueles programas de TV horrorosos, fazer
compras, caminhadas… até pescar. O que quiser. E esqueça o que eu disse sobre Elliot. Foi indiscrição minha.



(Soraya): De certa maneira explica por que ele está sempre provocando você —
murmuro, aninhando-me em seu peito.

(Simone):Ele não faz ideia do meu passado. Eu já disse a você, minha família
achava que eu era heterosexual.


Dou uma risada e começo a relaxar nos braços dela.


(Soraya): Eu achei que você fosse celibatária. Como me enganei.


Envolvo ela em meus braços, admirada ao pensar em como é ridícula a ideia
de Simone ser hetero.


(Simone):Sra. Tebet, está rindo de mim?


(Soraya): Um pouquinho, talvez — admito.
— Sabe, o que eu não entendo é por
que você tem esta casa aqui.



(Simone): Como assim? — Ela beija meu cabelo.


(Soraya): Você tem o barco, e eu entendo, e também o apartamento de Nova York,
por causa dos negócios; mas por que aqui? E você nem dividia este lugar com
outra pessoa.


Simone fica imóvel e em silêncio por um bom tempo.


(Simone):Eu estava esperando por você — diz ele suavemente, os olhos cor de mel
escuros e luminosos.


(Soraya): Isso… isso é uma coisa linda de se dizer.


(Simone):Mas é verdade. Só que eu não sabia na época. — Ela sorri timidamente.

(Soraya): Estou feliz que você tenha esperado.


(Simone):Você valeu a espera, Sra. Tebet. — Ela ergue meu queixo com a ponta do
dedo, abaixa-se e me beija com ternura.



(Soraya): Você também. — Sorrio. — Mas acho que eu trapaceei. Nem esperei tanto tempo por você.

Ela ri.




(Simone);Sou um prêmio tão bom assim?
— Simone, você é um prêmio de loteria, a cura para o câncer e os três desejos que o Aladim pediu ao gênio: tudo isso junto.


Ela levanta uma sobrancelha.



(Soraya): Quando você vai perceber isso? — reclamo. — Você era uma ótima candidata. E nem estou me referindo a isso. — Faço um gesto em volta, indicando
o ambiente luxuoso. — Eu me refiro a isto aqui. — E coloco a mão sobre o seu
coração. Seus olhos se abrem mais.


Minha esposa  confiante e sensual
desapareceu para dar lugar a minha menina perdida.



(Soraya):Acredite em mim,Simone, por favor – sussurro, e seguro seu rosto, puxando sua boca para a
minha.




Ela solta um gemido, não sei se por causa do que eu disse ou por ser sua costumeira reação primitiva. Eu a quero, meus lábios beijando os seus, minha língua invadindo sua boca.



Cayendo en la Tentación III - Simone & SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora