· 40 · Protego

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– Fred Weasley numa biblioteca? E lendo um livro? – Emily provocou-o, ao se deparar com o ruivo concentrado em sua leitura. – Achei que não soubesse para que servem.

Ha! Realmente muito engraçado. – Fred fechou o livro e escondeu-o atrás de si, frustrando a tentativa da garota de descobrir no que ele estava tão absorto.

– Se veio até aqui pelas anotações de Herbologia, pode esquecer. – ela disse organizando seu material em uma das mesas de estudo mais próximas – Não tive tempo para pegar a matéria emprestada e vou ter que começar do zero.

– Que azar para você, huh? Ainda bem que tenho as minhas. – Fred puxou uma cadeira e sentou-se ao lado dela, mostrando-lhe folhas de pergaminho cheias de anotações. – Deveria prestar atenção na aula, querida.

– Você é inacreditável, Weasley. – Emily disse e tentou tirá-las das mãos dele, mas ele foi mais rápido e ergueu-as ainda mais no ar.

Wow... Por que o tom de surpresa, Carpenter? Sabe muito bem que eu sou ótimo em Herbologia. Está entre minhas três matérias favoritas e a professora Sprout já disse que me adora.

– Você só tem três matérias. Além disso, a professora Sprout com toda certeza teria uma opinião diferente se soubesse que quase destruiu a estufa dela com fogos filibusteiros no meu aniversário. – ela levantou-se um pouco mais na cadeira e finalmente conseguiu arrancar o pergaminho das mãos dele. – Pode ficar aqui se quiser, mas não me atrapalhe e nem tente me distrair.

– Eu não ousaria. – ele garantiu, com um sorriso pretensioso e a mão erguida em rendição.

No começo, Fred manteve-se calado, apenas respondendo quando Emily era a primeira a quebrar o silêncio entre eles com alguma pergunta sobre as anotações, já que ele não tinha exatamente a letra mais compreensível do mundo. Mas após cinco minutos sem interrupções, ele ficou tão entediado que não teve escolha senão encontrar algo com o que pudesse se ocupar. Rabiscar numa folha, tamborilar o ritmo de um lançamento recente das esquisitonas, contar a quantidade de livros na prateleira... Infelizmente, nada parecia tão interessante quanto incomodar a jovem ao seu lado.

– WEASLEY! – ela reclamou depois de borrar a última palavra porque Fred havia empurrado a pena. Os dois receberam olhares mortais das pessoas estudando nas mesas vizinhas. – O que foi?

– Estou entediado. Vim aqui apenas para te fazer companhia... Deveria me dar atenção.

– Vá ler o seu livro, Fred. Estava lendo-o quando cheguei aqui.

– Bem... Não é o tipo de leitura mais adequado para a ocasião.

– Olhe ao redor. Tem uma porção deles esperando nas prateleiras.

– Eu já tentei, ok? Devolvi "Quadribol através dos séculos" quando fui ao banheiro. – ele espiou por cima do ombro dela e viu o mapa de estrelas aberto e rabiscado. – Me deixe te ajudar e poderemos sair daqui logo.

– Se isso fosse Runas Antigas, eu aceitaria de bom grado. Aqueles garranchos que você chama de letra são iguaizinhos aos... Tudo bem, tudo bem! – ela disse quando ele fez menção de se levantar para sair e repousou sua mão em seu ombro. – O que você sabe sobre adivinhação?

– Sei que basta escrever uma porção de tragédias e ela te dá uma nota razoável.

– Qual é, Fred. Nem ela é tão ingênua assim.

– Tem funcionado para Harry e Rony ao longo de todos estes anos. Vejo os dois inventando todo tipo de maluquice quando estão fazendo os trabalhos na Comunal da Grifinória. – o ruivo deu de ombros.

The Castle On The Hill | Fred WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora