· 11· Entre Dragões e Elfos

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– Tem certeza? – Emily questionou apreensiva.

– Ele acabou de me dizer que os viu, mas não sei – Cedrico sussurrou de volta. – O professor Moody apareceu quando estávamos conversando e levou-o. Deve ter escutado.

– Então é verdade! – ela largou a pena e olhou-o. – Precisa descobrir o que fazer, não dá pra estuporar um dragão sozinho.

– Mas era a única opção em que eu tinha pensado!

Os dois fizeram uma pausa quando o professor Flitwick passou por sua mesa e voltaram a copiar a matéria quietos, pensando na informação de Harry: a primeira tarefa envolveria dragões.

– Tudo bem, vamos encontrar alguma coisa. – ela disse para acalmá-lo.

Emily e Cedrico passaram o resto do dia buscando por alternativas. Como sempre encontravam falhas em todas as propostas, continuaram com as caras enfiadas nos livros até chegar a madrugada. Haviam todos os tipos possíveis de exemplares espalhados pelo Salão Comunal, até aqueles contendo apenas mínimas menções à palavra dragão.

– Vejamos – ela apanhou o pergaminho no qual havia rabiscado o que cconsideravam relevante. – Categoria XXXXX. Não podem ser treinados ou domesticados e a pele inibe feitiços. Os olhos são o ponto mais fraco.

– Talvez tenha deixado passar algo importante. Me dê um destes. – ele apontou para um dos livros abandonados aos pés dela.

– É o que eu faria... Atacaria os olhos. – Emily estava sentada no chão, a cabeça apoiada nas mãos em cima de uma das pilhas de livros. Ela pegou o mais próximo e entregou-lhe.

– E funcionaria? – Cedrico andou inquieto de um lado para o outro folheando as páginas a esmo.

– Talvez. Mas vão receber notas por suas habilidades e um feitiço como esse pode deixá-lo irritado e fora de controle. Quer arriscar? – Cedrico jogou-se no chão, depositando a cabeça no colo dela e sentindo-se completamente derrotado. – Não desanime. Se não pensarmos em nada, é o melhor que pode ser feito.

– Sua mãe não estudava aqueles dragões de nomes trouxas engraçados?

– Quê? – ela assimilou as palavras. – Dinossauros, Diggy. E ela não tinha que enfrentá-los. Já estão mortos há anos.

– Droga... Alguma ideia?

– Pode fugir. É uma ótima ideia! – ela bocejou, os olhos pesando mais de uma tonelada cada um. Estava lutando para se manter acordada. – Distraio os jurados e você some do país.

A face dele iluminou-se. Cedrico ergueu-se veloz, segurou o rosto dela e deu-lhe um beijo estalado na bochecha, que a jovem apressou-se em limpar com o dorso da mão.

– Os olhos são o ponto mais fraco!

– Sim.

– E só preciso fugir! – ele sacudiu os ombros dela e levantou-se do chão como se fosse óbvio.

– Pode, por favor, me explicar aonde quer chegar com isso? – ela levantou-se também.

– Pense comigo: tudo o que preciso fazer é criar uma ilusão pra escapar... É um animal, vai ceder aos instintos!

Emily respirou profundamente. Estava cansada demais para responder, contestar, pensar ou discutir. Não tinha nem escutado o que ele estava dizendo. Ela apenas assentiu em silêncio, deu dois tapinhas motivadores no ombro dele e saiu cambaleando para deitar-se pelo resto de tempo livre que ainda teriam.

O horário do primeiro desafio havia enfim chegado. Após o almoço, os Campeões foram separados dos demais alunos e conduzidos até uma grande barraca no exterior do castelo, onde receberiam as instruções de sua tarefa. Depois, o restante dos estudantes se reuniu nas arquibancadas para assistir ao desempenho de cada um deles.

The Castle On The Hill | Fred WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora