· 26 · Desabamento no Quarto Andar

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– Emily? O que está fazendo aqui? – Fred questionou, tentando assimilar a presença inesperada da garota.

Um ruído parecido com um estalo alto soou bem próximo de onde estavam.

– Você veio mesmo! – George, que havia acabado de aparatar, passou pelo irmão ignorando-o completamente. – Venha, vamos entrar.

Os dois deixaram Fred para trás e adentraram a Toca.

No centro da cozinha, vestida com um avental florido do qual a varinha pendia no bolso da frente, uma senhora supervisionava as panelas no fogão. Era baixa e gorducha, de cabelos ruivos e um rosto bondoso, bem diferente do que Emily imaginara graças aos exageros nas histórias dos gêmeos.

– Mamãe, esta é a Emily. – George disse e a mulher virou-se. Pela reação que tentou inutilmente camuflar, certamente não esperava receber ninguém. – É uma amiga de Hogwarts e vai passar o dia conosco.

– George, querido... Não me avisou que teríamos visita. – disse tentando parecer educada em meio à atipicidade da situação, embora seu tom demonstrasse uma comedida repreensão ao filho.

– Me convidou para vir até aqui sem pedir permissão à sua mãe? – Emily questionou-o entredentes.

– Ele te convidou? – Fred disse, surgindo entre os dois. A mulher assustou-se e levou uma das mãos ao peito, suspirando irritadiça.

– A senhora disse que as garotas que aceitaram ir ao baile conosco deveriam ser umas santas e que adoraria receber alguns conselhos sobre paciência. Bom, aqui está uma delas. – George apontou para Emily. – Além disso, Rony arrasta os amigos dele para cá todo verão e ninguém reclama, não é? Achei que eu também poderia fazer o mesmo. – George defendeu-se.

– Me desculpe pelo transtorno Sra. Weasley, jamais teria vindo se soubesse que não tinha o seu consentimento. Quando ele me enviou aquelas cartas, imaginei...

– E ele enviou cartas? – Fred interrompeu indignado, arqueando as sobrancelhas e colocando as mãos na cintura.

– Então foi para isso que pediu Pichitinho emprestada. – Rony disse. Ele e Gina haviam escutado as vozes e resolveram descer as escadas para ver do que se tratava.

– Como estava dizendo... – George continuou. – Emily era a melhor amiga de Cedrico Diggory, mamãe. Veio pessoalmente ver os pais dele para certificar-se de que estão bem.

– Oh, pobrezinha! Meus sentimentos, querida. – a mulher aproximou-se de Emily e segurou suas mãos com pesar, apertando-as gentilmente e dando batidinhas de consolo. De repente, Molly olhou para o filho e desferiu um tapinha leve no ombro dele. – Por que não disse de uma vez que era esse o caso, George?

– Estive tentando, não é? Não param de me interromper. – ele reclamou esfregando o braço acertado.

– Ainda deve estar abalada e mesmo assim teve um gesto tão atencioso... Fique à vontade, querida! Venha, conte-me mais sobre você. – Emily tentou dar-lhe um sorriso simpático. A Sra. Weasley entrelaçou seus braços e guiou-a para sentar-se à mesa.

Emily conversou com a Sra. Weasley por um bom tempo. Todas as vezes que um dos filhos tentava entrar na conversa ou tirá-la dali, a mulher simplesmente erguia uma das mãos e mandava-o ficar quieto.

Perto da hora do almoço, chegou à toca um homem magro e quase careca, se não fosse por um punhado de cabelos ruivos remanescentes. Com ele estava um rapaz alto e muito atraente, que Emily deduziu ser um dos três irmãos mais velhos dos gêmeos. Tinha a aparência descolada de um rockstar trouxa, graças aos cabelos compridos presos em um rabo de cavalo e o brinco de argola com um berloque pendurado.

The Castle On The Hill | Fred WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora